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Estado de Minas

Paraguai entra na rota do investimento em energia

Pre�o da energia no Brasil faz empresas elegerem pa�s vizinho para ampliar plantas e ganhar competitividade


postado em 04/05/2013 06:00 / atualizado em 04/05/2013 07:24

Depois da m�o de obra barata e da menor carga tribut�ria e de encargos socais, o pre�o da energia el�trica no Brasil come�a a pesar como fator de atra��o para que as empresas brasileiras promovam investimentos no Paraguai. Nem mesmo a redu��o da tarifa a partir de janeiro, por determina��o da presidente Dilma Rousseff, deu conta de assegurar a competitividade das empresas eletrointensivas no pa�s. Parte da amplia��o da terceira maior produtora de ferroliga de mangan�s do Brasil, a mineira Granha Ligas, ser� feita no pa�s vizinho em 2016, com investimentos de US$ 12 milh�es e gera��o de 300 empregos. Outra empresa do mesmo grupo, a Sicbras, que produz carbeto de sil�cio, vai investir
US$ 20 milh�es numa f�brica que vai empregar 200 pessoas no Paraguai. Ambas s�o consumidoras do grupo A4 (13,8kV).

 “A Sicbras firmou contrato de fornecimento de energia com a Administra��o Nacional de Eletricidade (Ande), companhia el�trica do Paraguai, por 12 anos”, informa Fernando Granha Nogueira, propriet�rio da empresa. A energia responde por 52% do custo total da f�brica. De acordo com ele, o custo de energia, a carga tribut�ria e a defasagem cambial tornam praticamente invi�vel a instala��o da planta no Brasil. A decis�o de ir para o Paraguai foi tomada h� dois anos e meio com o objetivo de ganhar presen�a no mundo. “Est�vamos perdendo mercado e competitividade no Brasil e no exterior”, explica.

 De acordo com Nogueira, depois da redu��o das tarifas de energia determinada pelo Planalto, que entre fevereiro e mar�o promoveu redu��o m�dia de 21% na conta de energia da Sicbras, uma das f�bricas do grupo registrou 43% de alta no pre�o do insumo. “O pre�o da energia no Paraguai � de US$ 37 por megawatt, metade do cobrado no Brasil”, sustenta. Em dezembro de 2012, a Rio Tinto Alcan, subsidi�ria da anglo-australiana Rio Tinto, assinou protocolo de inten��es com o governo do Paraguai para implantar um complexo de produ��o de alum�nio. A previs�o de investimentos � de US$ 4 bilh�es.

 Segundo Walter Fr�es, diretor da CMU Comercializadora de Energia, o aumento m�dio no pre�o do insumo de mar�o para abril foi de cerca de 20%, anulando os efeitos da Medida Provis�ria (MP) 579. Para ele, por tr�s do alto pre�o da energia el�trica no Brasil est� a constru��o de usinas hidrel�tricas sem reservat�rios, que torna imposs�vel estocar o insumo para os per�odos secos. Com isso, as t�rmicas s�o acionadas e os pre�os sobem. De acordo com ele, principalmente para os consumidores A4 eletrointensivos que modulam energia – ou seja, n�o consomem no hor�rio de ponta (das 17h �s 21h) –, o pre�o subiu em m�dia 20% entre o recuo de janeiro e a revis�o tarif�ria da Cemig em abril. “A redu��o durou s� dois meses. Com a revis�o, o pre�o voltou a subir. Mas a concession�ria est� apenas repassando aos consumidores o seu aumento de custo. Hoje � balela falar de competitividade industrial no Brasil”.

 Varejo

 Al�m dos eletrointensivos, fazem parte do grupo A4 supermercados e shopping centers. No Cencosud, que comprou a rede de supermercados Bretas, a diminui��o dos pre�os da tarifa de energia foi sentida em fevereiro e mar�o, mas a partir de abril voltou a subir. “Em abril, houve alta de 20%, o que anulou o ganho com a retra��o de pre�os determinada pela presidente Dilma”, afirma Jo�o Botelho, engenheiro eletricista do grupo.


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