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Estado de Minas

Busca pelo emagrecimento engorda caixa de empresas

Com avan�o da obesidade, que afeta metade das pessoas com 20 anos ou mais, faturamento de academias, f�bricas e lojas de produtos light e diet e de suplementos chega a R$ 25 bi


postado em 04/05/2013 06:00 / atualizado em 04/05/2013 07:34

Sócia do restaurante Light Life, Maria Ernestina Cotta diz que mais empresas demandam lanches e refeições saudáveis para seus empregados(foto: leandro Couri/EM/D.A. Press)
S�cia do restaurante Light Life, Maria Ernestina Cotta diz que mais empresas demandam lanches e refei��es saud�veis para seus empregados (foto: leandro Couri/EM/D.A. Press)
 

 O brasileiro ganhou renda e peso nos �ltimos anos. Quase metade da popula��o com 20 anos ou mais, 49%, est� acima do peso, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Nas ruas, no clube, em festas de anivers�rio infantil, shoppings ou nas academias, os n�meros do instituto s�o verificados na pr�tica. E surfando na busca pela boa forma f�sica, que preserva a sa�de e evita os astron�micos gastos com a farm�cia, surge uma ind�stria bilion�ria. Impressionante f�brica de produtos e servi�os para emagrecer n�o para de crescer no Brasil e movimenta por ano cerca de R$ 25 bilh�es com gastos com academia de gin�stica, produtos light e diet e suplementos alimentares. O n�mero � das entidades que representam os setores.

 De olho nesse p�blico, que busca tamb�m melhorar a qualidade de vida, as empresas e academias lan�am cada vez mais produtos e servi�os. Algu�m j� ouviu falar em treinamento suspenso com TRX? � uma nova modalidade de gin�stica feita com tira de n�ilon sem elasticidade. A modalidade, que est� nas salas de aula das academias, foi inventada em treinamento do ex�rcito americano. A t�cnica foi desenvolvida para a falta de equipamentos para o condicionamento em campo e ajuda a engordar os neg�cios das academias no pa�s, que em 2012 faturaram R$ 4,6 bilh�es, segundo dados da Associa��o Brasileira de Academias (Acad). O valor � quase o dobro do arrecadado em 2010, quando o setor movimentou R$ 2,2 bilh�es. “A popula��o come�a a se conscientizar de que a atividade f�sica melhora a qualidade de vida”, afirma Kleber Pereira, presidente da Acad.

 Assim como cresce a preocupa��o com exerc�cios, os alimentos para manter a boa sa�de e forma f�sica v�m demonstrando vigor surpreendente. O mercado de alimentos light e diet movimentou R$ 20 bilh�es no pa�s no ano passado, alta de 12,35% em rela��o a 2011, quando as vendas somaram R$ 17,8 bilh�es. Os dados s�o da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alimentos para Fins Especiais e Cong�neres (Abiad). “A alimenta��o mais saud�vel cresce da mesma forma que a atividade f�sica”, diz Carlos Eduardo Gouv�a, presidente da Abiad.

 Pela boca

 No mercado light e diet h� 18 anos, a s�cia-propriet�ria do restaurante, lanchonete e emp�rio, Light Life, Maria Ernestina Cotta diz que, apesar de grande parte da popula��o estar de mal com a balan�a, o pa�s est� preocupado com o excesso de peso. “O comportamento � percebido inclusive pela demanda de grandes empresas por almo�o e lanches mais saud�veis para seus funcion�rios”, diz a empres�ria. Ernestina iniciou o neg�cio vendendo sobremesas diet. Hoje a loja dobrou de tamanho e trabalha com almo�o, lanches, sobremesas, al�m de uma mercearia de alimentos leves e sem a��car. “Desenvolvemos tamb�m uma linha com op��es de pratos e sopas light congelados, que podem ser levados para casa.” O pre�o varia entre R$ 9,50 e R$ 23 com diversidade de peixes, carnes e vegetarianos. “O crescimento anual varia entre 15% e 20%”, observa .

 O presidente da Abiad explica que antes os produtos diet e light eram produzidos em escala mais baixa e o pre�o n�o era t�o acess�vel � popula��o. “A� n�o dava para melhorar certas caracter�sticas, como o sabor”, afirma. Hoje, diz, mais de 35% da popula��o t�m algum produto light ou diet em casa. “Esses produtos, que originalmente eram voltados para pessoas com necessidades especiais, passaram a ganhar mais mercado”, diz Gouv�a. 

 Ganho no alimento e com as gin�sticas

 O mercado de suplementos nutricionais (que inclui suplementos para performance, aquisi��o de massa muscular, for�a, emagrecedores ou, simplesmente, para auxiliar a busca de alimenta��o mais equilibrada e balanceada) � outra coqueluche no mundo dos atletas e de pessoas que buscam perder peso. O consumo de suplementos no Brasil chegou a R$ 450 milh�es no ano passado, alta de 23% em rela��o a 2011, segundo dados da Associa��o Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abnutri). Segundo a entidade, 80% dos consumidores s�o jovens com idade entre 15 e 30 anos.

 Na TNT Suplementos, as vendas aumentaram em torno de 50% nos �ltimos anos. “� uma forma de potencializar os ganhos de massa muscular e perder gordura. O resultado � mais r�pido e melhora a autoestima das pessoas, que passam a se sentir bem com o pr�prio corpo”, afirma Roger Trindade, dono da loja. Dados da Abnutri revelam que 60% dos suplementos consumidos hoje no pa�s s�o � base de Whey Protein (prote�na do soro do leite).

 A busca pela boa forma no pa�s levou o n�mero de academias no pa�s a somar 22.478 unidades no ano passado, aumento de 23,5% em rela��o a 2011. “E ainda h� muito para crescer. Apenas 3% da popula��o faz academia hoje”, observa Kleber Pereira, presidente da Acad. Ele destaca o aumento do n�mero de obesos na classe C. “Essa parcela da popula��o melhorou o poder de compra e agora tem acesso a carro, controle remoto, congelados e fast food. Antes s� comiam em casa”, observa.

 Coordenadora da Academia Body Tech em Belo Horizonte, Bia Bicalho aponta que o neg�cio cresce em n�meros de alunos de 6% a 10% ao ano. “A preven��o com atividade f�sica n�o � cara. Caro � gastar com rem�dios”, defende. Na academia que coordena o t�quete m�dio mensal � de aproximadamente R$ 300 e o espa�o � uma f�brica de inova��es para atrair crian�as , jovens e a terceira idade.

 Uma das �ltimas novidades segundo Bia Bicalho � o treinamento suspenso, feito com o TRX, tira de nylon sem elasticidade. Mas n�o � s� isso. H� um arsenal montado para atrair tamb�m os pequenos que est�o gordinhos. E as academias contra-atacam e disputam com os joguinhos eletr�nicos espa�o na agenda da meninada. “Al�m de todas as aulas tradicionais, temos Fit Kids, desenvolvido especialmente para crian�as e a aula de ingl�s na academia, montada com brincadeiras para exercitar em ingl�s”, explica.

 Investimento

 A banc�ria Raquel Kirst, 35 anos, investe cerca de R$ 3 mil por ano em atividades para manter a sa�de, sem contabilizar seus gastos com alimenta��o saud�vel. Recentemente ela adoeceu por conta de estresse no trabalho e precisou se afastar da corrida e da malha��o. De volta � academia, Raquel pretende perder seis quilos at� o fim do ano. Para isso, al�m da gin�stica, ela frequenta um grupo de reeduca��o alimentar e diz que comer bem custa mais. “� mais f�cil e mais barato nos alimentarmos mal. Manter a sa�de � mais caro, mas compensa.”

 H� 40 anos no Brasil, o programa do Vigilantes do Peso, organiza��o mundial de controle de peso, conta hoje com 1,07 milh�o de associados no Brasil, 30% a mais do que em 2012. “Com o estresse da vida moderna, as pessoas est�o cada vez mais gordas. Ao mesmo tempo, procuram controlar o peso mais cedo. Antes, chegavam com 20 ou 30 quilos a mais. Agora, j� procuram o programa com cinco ou seis quilos a mais”, diz. O programa cobra R$ 50 de taxa de ades�o mais R$ 27 por semana, al�m de vender livros de receitas, x�caras medidoras e calculadora eletr�nica para medir pontos dos produtos ingeridos. 


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