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Estado de Minas

Brasileiro Roberto Azev�do � oficialmente o novo diretor da OMC


postado em 08/05/2013 15:10 / atualizado em 08/05/2013 15:52

O brasileiro Roberto Azev�do foi eleito oficialmente nesta quarta-feira para dirigir a Organiza��o Mundial de Com�rcio, onde ter� como principal desafio relan�ar as negocia��es da Rodada Doha para liberalizar o com�rcio e ajudar o desenvolvimento das na��es mais pobres.

Azev�do "esteve na lideran�a em todas as etapas (da sele��o)", declarou � AFP o presidente do grupo encarregado da sele��o, o embaixador paquistan�s Shahid Bashir, confirmando a informa��o dada por diplomatas na v�spera.

A OMC anunciar� formalmente a nomea��o do primeiro latino-americano para a dire��o do organismo de com�rcio mundial a partir de 1º de setembro, em substitui��o ao franc�s Pascal Lamy, na pr�xima semana, em uma reuni�o do Conselho Plen�rio que re�ne os 159 Estados membros da OMC.

Sobre o Conselho, Azev�do afirmou, em sua primeira coletiva de imprensa ap�s a nomea��o, que a reuni�o "oferece uma oportunidade para dar os primeiros passos para salvar o sistema", convidando todos os membros � reflex�o.

"� o que faz a OMC ter um impacto sobre a vida de todos, mesmo que n�o percebam", insistiu. "Hoje n�o se trata de ter o que queremos, e sim salvar o que temos", alertou, na esperan�a de que "o paciente ainda tenha seu cora��o batendo" quando assumir seu mandato em setembro.

O diplomata brasileiro, de 55 anos, representante do Brasil na OMC desde 2008, competiu com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos, que dirigiu as negocia��es do M�xico no hist�rico acordo comercial norte-americano (TLCAN), assinado em 1994.

Azev�do, um experimente negociador e formador de consensos na OMC, prometeu lutar contra o protecionismo, que se estende no mundo. "O protecionismo � generalizado, n�o se trata de dois ou tr�s membros da OMC. Temos de estar vigilantes", afirmou.

"O sistema multilateral de com�rcio � um bem comum de todos os pa�ses. Independente do seu tamanho, das circunst�ncias geogr�ficas, n�vel de desenvolvimento, eles precisam deste sistema", prosseguiu Azev�do.



"Com a crise de 2008, as tend�ncias protecionistas surgiram, elas ainda est�o em vigor. Temos de lutar". "Estamos, do meu ponto de vista, diante do risco de perder um sistema muito v�lido, um sistema pelo qual todos n�s lutamos", declarou.

Azev�do tamb�m j� havia se comprometido a tentar destravar a Rodada Doha, iniciada no Qatar em 2001 e paralisada desde 2008, com o objetivo de abrir os mercados e remover barreiras comerciais como subs�dios, taxas excessivas e regula��es para estimular o desenvolvimento nos Estados membros mais pobres. Para isso, � necess�rio que tantos os pa�ses emergentes como desenvolvidos, em particular China, UE, �ndia e os Estados Unidos fa�am concess�es, principalmente, na agricultura e na ind�stria.

Azev�do ter� que construir pontes rapidamente caso a OMC tenha a possibilidade de retomar as negocia��es em sua pr�xima Confer�ncia Ministerial, o m�ximo �rg�o executivo, que ser� realizado em dezembro na ilha indon�sia de Bali.

Para isso ter� que vencer a tend�ncia dos pa�ses a preferir os acordos bilaterais ou regionais e a nova onda protecionista, da qual o Brasil n�o � alheio. De Bruxelas, que apoiou inicialmente - como os Estados Unidos- o candidato mexicano, o comiss�rio de Com�rcio, Karel de Gucht, pediu a Azev�do uma "lideran�a forte" para superar a atual "encruzilhada" em que a OMC se encontra. "Uma OMC forte necessita de um diretor geral forte", alfinetou De Gucht, que espera que sua nomea��o traga "ar fresco" � Rodada Doha.

Os Estados Unidos tamb�m deram as boas-vindas ao brasileiro. "� um bom dia para a OMC", disse o embaixador dos EUA na organiza��o, Michael Punke, que acredita que Roberto Azev�do "ser� um diretor geral muito bom".

 

Lideran�a dos emergentes


O primeiro latino-americano a ocupar a cadeira de diretor prometeu independ�ncia da OMC. "N�o vou defender os interesses do Brasil nem nada parecido, ou a pol�tica comercial brasileira", disse recentemente � AFP.


Na ter�a-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que "esta n�o foi uma vit�ria do Brasil, nem de um grupo de pa�ses, mas sim da Organiza��o Mundial de Com�rcio", e pediu ao organismo internacional para dar um "vigoroso e equilibrado impulso ao com�rcio mundial, fundamental para que a economia global entre em um novo per�odo de crescimento e justi�a social".


M�xico (o primeiro a cumprimentar Azev�do na ter�a-feira, ap�s reconhecer a derrota de seu candidato), Argentina e �frica do Sul, um dos membros do grupo BRICS, do qual tamb�m fazem parte Brasil, China, R�ssia e �ndia, deu as boas vindas a esta escolha, que confirma a for�a dos emergentes e traz esperan�as de entendimento.


O diplomata brasileiro conseguiu como chefe da delega��o brasileira na OMC grandes vit�rias em contenciosos chaves para o Brasil. Entre eles, o dos subs�dios ao algod�o contra os Estados Unidos e os subs�dios � exporta��o de a��car contra a Uni�o Europeia. "Ter um diretor geral da Am�rica Latina � em si uma conquista para nossa regi�o e um passo positivo para a organiza��o", disse o embaixador do M�xico na OMC, Fernando de Mateo.


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