A ind�stria de m�quinas e equipamentos registrou faturamento de 17,18 bilh�es no primeiro trimestre de 2013. O resultado representa uma queda de 11,5% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Os dados, divulgados hoje, s�o da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq).
Segundo a entidade, a queda no faturamento est� relacionada ao desaquecimento do mercado internacional e � taxa cambial brasileira. “Nossos mercados, Estados Unidos e Europa, que respondem por 40% da nossa exporta��o, n�o est�o crescendo como previsto. Ali�s, a Europa deve continuar no vermelho este ano. Os Estados Unidos n�o v�o para o vermelho mas, em vez de crescer 3% como esperado, j� est� se falando em 2% e pouco. Isso limita 40% da nossa exporta��o”, disse o assessor econ�mico da presid�ncia da Abimaq, Mario Bernardini, ap�s divulga��o dos resultados.
No primeiro bimestre do ano, o setor exportou US$ 2,29 bilh�es, 22,4% menos que as vendas ao exterior no mesmo per�odo de 2012. O d�ficit da balan�a comercial da ind�stria de m�quinas nacional, nos primeiros tr�s meses do ano, est� em US$ 5,45 bilh�es, 23,1% superior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado.
“N�s est�vamos exportando em m�dia, no segundo semestre do ano passado, acima de US$ 1,1 bilh�o por m�s e, agora, estamos exportando, no primeiro trimestre, ao redor de US$ 750 milh�es por m�s. A queda de 25% a 30 % representa aproximadamente US$ 250 milh�es ao m�s, o que d� cerca de US$ 800 milh�es no trimestre. Isto abaixa o faturamento fortemente”, disse.
Apesar do desaquecimento do mercado internacional de m�quinas, Bernardini destaca que o fator taxa de c�mbio pode ser apontado como o principal respons�vel pela queda do faturamento do setor. “A ind�stria n�o � competitiva basicamente por 150 fatores, mas dos 150, um deles responde por dois ter�os: o c�mbio”, disse.
De acordo com a Abimaq, cerca de 4% do faturamento do setor est� sendo destinado para investimentos. Em 2013, a previs�o � investir R$ 7 bilh�es. No entanto, o assessor econ�mico ressalta que a queda no faturamento da ind�stria de m�quinas n�o pode ser atribu�da � falta de investimentos. “Inova��o, investimento em tecnologia, claro, tudo isso � fundamental. Por�m, se eu n�o tenho c�mbio, eu n�o tenho pre�o; se eu n�o tenho pre�o, eu n�o tenho mercado; se n�o tenho mercado, n�o tenho margem; e se n�o tenho margem, n�o posso investir. Cobrar solu��es via inova��o, � inverter o problema”, ressaltou.
Perguntado se a queda no valor da energia el�trica est� beneficiando o setor, Bernardini disse que a diminui��o dos pre�os ainda n�o atingiu a ind�stria de m�quinas. “N�s gastamos menos de 1% do faturamento em energia. N�s esperar�amos resultado na redu��o de insumos b�sicos, que s�o fortemente intensivos em energia, como o alum�nio e o a�o. A�o, por exemplo, subiu. N�o tivemos nem efeitos diretos, porque n�o somos eletrointensivos, nem efeitos indiretos, porque ainda n�o ocorreu reflexo nos insumos”.