Os ministros das Finan�as e diretores dos bancos centrais do G7 iniciaram nesta sexta-feira dois dias de reuni�es sobre como fortalecer a recupera��o econ�mica com um intenso debate entre Estados Unidos e Europa sobre a austeridade.
As pol�ticas cambiais tamb�m devem estar no centro desta reuni�o, que terminar� no s�bado � tarde, em um momento em que o d�lar atingiu sua cota��o m�xima desde outubro de 2008 frente a um iene desvalorizado pela pol�tica monet�ria ofensiva do Banco do Jap�o.
Os ministros e diretores dos bancos centrais do G7, o grupo das grandes pot�ncias industrializadas formado por Alemanha, Canad�, Estados Unidos, Fran�a, It�lia, Jap�o e Reino Unido, iniciaram sua reuni�o por volta das 11h00 (hor�rio de Bras�lia) em Aylesbury, cerca de 60 km ao norte de Londres.
A diretora geral do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, tamb�m estavam presentes. "Nossa tarefa � apoiar a recupera��o (...) nossa reuni�o � realizada em um momento de maior estabilidade econ�mica, gra�as �s medidas tomadas (...), mas n�o podemos dar por encerrada a recupera��o mundial", declarou o ministro brit�nico de Finan�as, George Osborne, ao inaugurar formalmente a reuni�o.
A recupera��o n�o se manteve, principalmente por causa da crise na zona do euro, e o FMI revisou para baixo, em meados de abril, sua previs�o de crescimento mundial a 3,3% para 2013, comparado com os 3,5% previstos em janeiro. "Estamos todos de acordo com a import�ncia da consolida��o (fiscal) a m�dio prazo", acrescentou o chanceler de Exchequer, art�fice do impopular plano do ajuste brit�nico.
As opini�es divergem, contudo, sobre o ritmo adequado da redu��o dos d�ficits e os Estados Unidos acusam os europeus de atrapalhar o crescimento mundial com seus planos de austeridade. O governo da Eslov�nia adotou na quinta-feira um plano de saneamento de suas finan�as p�blicas para evitar recorrer � ajuda financeira internacional, enquanto Portugal anunciou na semana passada novos cortes para cumprir os compromissos do resgate financeiro do pa�s.
O secret�rio do Tesouro norte-americano, Jacob Lew, aproveitar� a ocasi�o para pedir a seus hom�logos europeus que mudem de rumo neste G7 que � realizado depois de duas reuni�es do G20 em abril e em fevereiro. O encontro antecede tamb�m uma c�pula do G8 (G7 mais R�ssia), em meados de junho na Irlanda do Norte.
"Acreditamos que � preciso encontrar um equil�brio correto entre austeridade e crescimento", declarou nesta sexta-feira Lew na CNBC. Acolhendo com satisfa��o a decis�o de Bruxelas de dar mais dois anos � Espanha e � Fran�a para cumprirem seus objetivos de redu��o do d�ficit, o secret�rio do Tesouro norte-americano disse que espera "continuar fazendo progressos" durante esta reuni�o. "N�o haver� um tema tabu", afirmou Lagarde, cuja institui��o pediu recentemente ao governo brit�nico para amenizar um pouco a austeridade diante da falta de crescimento.
"N�o se trata de mais ou menos austeridade. Acredito que adotamos um caminho e � importante cumprir nossas promessas", disse o governador do banco central alem�o, Jens Weidmann. O tema das divisas tamb�m estar� presente no debate do G7, depois que o d�lar ter superado o limite simb�lico dos 100 d�lares pela primeira vez em quatro anos. �s 13h45 de Bras�lia, valia 101,57 ienes, ap�s ter atingido um m�ximo de 101,98.
"N�o vamos falar de guerra cambial", tranquilizou o comiss�rio europeu de Assuntos Econ�micos, Olli Rehn. Antes de embarcar rumo ao Reino Unido, o ministro japon�s das Finan�as, Taro Aso, afirmou mais vez que o governo de T�quio "n�o est� manipulando o mercado de divisas, mas sim tentando sair da defla��o".
O G7 abordar� tamb�m a luta contra a evas�o fiscal, prioridade da Gr�-Bretanha, que exerce a presid�ncia rotativa do G8. O tema est� atualmente em destaque ap�s as recentes revela��es do "Offshore leaks".
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Austeridade europeia e iene no centro do debate do G7
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