
A disputa de poder na equipe econ�mica tamb�m desgastou Barbosa, que � economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos bastidores, integrantes do governo afirmam que existe uma rusga entre ele e Arno Augustin, secret�rio do Tesouro Nacional. Ambos foram colocados nos cargos pela pr�pria presidente Dilma Rousseff, e o segundo ganhou mais poder nos �ltimos meses. Al�m de ter participado de decis�es importantes, como a desonera��o do setor de energia, Augustin foi ainda convidado a integrar a coordena��o da campanha � reelei��o de Dilma, em 2014.
Mudan�as Para especialistas, a sa�da de Barbosa do governo n�o vai mudar substancialmente a pol�tica econ�mica. A avalia��o � de que as decis�es, em sua maioria, devem continuar a sair do Pal�cio do Planalto. “Se mudar, � pouca coisa, as diretrizes j� est�o dadas e o Tesouro Nacional tem papel importante nelas”, observou Felipe Salto, economista da Tend�ncias Consultoria. Na vis�o dele, o governo deve continuar a usar a pol�tica fiscal para promover desonera��es, manter a pol�tica de juros baixos, a despeito da infla��o elevada, e continuar adotando medidas protecionistas.
Mantega ainda n�o conversou com Barbosa sobre a demiss�o. Em janeiro, o secret�rio j� havia manifestado o desejo de sair, mas foi convencido a permanecer at� que o projeto que reformula o Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) fosse aprovado no Legislativo. O encontro deve ocorrer hoje e ter� o objetivo de dissuadi-lo. Segundo fontes do governo, por�m, “a decis�o � perempt�ria, irrevers�vel e inevit�vel”. Tanto que j� come�aram a circular nomes de poss�veis susbtitutos, como o do secret�rio de Pol�tica Econ�mica, M�rcio Holland, e o de Bernard Appy, que j� ocupou o cargo no governo Lula. (Com Victor Martins)