O aumento das estimativas do mercado financeiro para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013, revelada pela pesquisa Focus desta segunda-feira, 13, n�o representa a deteriora��o das expectativas dos analistas. A avalia��o � da diretoria do Banco Central, que explica a alta como uma "consequ�ncia da surpresa inflacion�ria em abril". Apesar do argumento oficial, as previs�es para a infla��o tamb�m subiram para maio e junho, o que indica maior pessimismo dos economistas com o tema.
Ao ser questionado pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, sobre a subida das estimativas para o IPCA na pesquisa Focus, o Banco Central informou, via assessoria de imprensa, "que n�o h� nenhum sinal, nem perspectiva de deteriora��o das expectativas de infla��o". Segundo a casa, o aumento da mediana para o IPCA este ano de 5,71% para 5,80% � apenas "consequ�ncia" do �ndice maior do que o previsto pelos analistas em abril.
A assessoria de imprensa do BC est� em Basileia, na Su��a, e acompanha o presidente da institui��o, Alexandre Tombini, e o diretor de pol�tica econ�mica, Carlos Hamilton Ara�jo, na reuni�o bimestral do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS, na sigla em ingl�s) que termina nesta segunda-feira, 13.
Segundo o BC, o mercado financeiro previa IPCA de 0,47% em abril, mas a infla��o verificada foi maior, de 0,55%. Essa diferen�a dos n�meros, explica a dire��o do BC, acabou elevando "automaticamente" as previs�es para o ano. "Houve ajuste autom�tico do modelo", o que gerou a subida das estimativas. Ou seja, a explica��o do BC � que a infla��o verificada � "carregada" nas estimativas para o ano. Por essa explica��o, caso o IPCA dos pr�ximos meses surpreenda para baixo, as estimativas para o ano tamb�m cairiam automaticamente.
Apesar do argumento de que a subida dos n�meros n�o representa a piora das perspectivas, a pr�pria pesquisa Focus mostra o contr�rio e revela que o mercado est�, sim, mais pessimista com o IPCA nas pr�ximas semanas. Para maio, por exemplo, a previs�o subiu de 0,31% para 0,33%. Para junho, a tend�ncia foi id�ntica e a mediana das estimativas passou de 0,28% para 0,29%.