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Estado de Minas

Defesa da Alemanha contra o protecionismo

Liberdade econ�mica entre os pa�ses � debatida por presidente da Federa��o Alem� da Ind�stria. Lideran�as brasileiras lembram que n�o � bem assim


postado em 14/05/2013 06:00 / atualizado em 14/05/2013 06:45

S�o Paulo – O presidente da Federa��o Alem� da Ind�stria (BDI), Ulrich Grillo, fez um apelo velado, nessa segunda-feira, contra medidas de protecionismo na �rea comercial ao governo brasileiro e ao novo diretor-geral da Organiza��o Mundial de Com�rcio (OMC), o brasileiro Roberto Azev�do. “Esperamos que Roberto Azev�do d� novos impulsos � liberdade econ�mica”, afirmou, na abertura do 31º Encontro Econ�mico Brasil-Alemanha, evento que marca o in�cio da Temporada Alemanha + Brasil 2013-2014, com cerca de 400 programa��es envolvendo economia, coopera��o tecnol�gica e manifesta��es culturais no pa�s at� o ano que vem.


Em resposta � cr�tica do industrial alem�o, um dos anfitri�es do encontro, o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria(CNI), Robson Braga de Andrade, contestou a vis�o de um Brasil fechado. “Pa�ses como a pr�pria Alemanha s�o mais protecionistas que o Brasil”, reagiu, argumentando o d�ficit de pelo menos US$ 6 bilh�es da balan�a de com�rcio do pa�s. No saldo negativo, Robson Braga destacou a participa��o de produtos sofisticados e de alto conte�do tecnol�gico, como m�quinas e equipamentos.

“Isso (o d�ficit) mostra que o pa�s importa muito mais e na pr�pria balan�a de com�rcio com a Alemanha, h� vantagens enormes nas exporta��es ao Brasil”, insistiu o presidente da CNI. O Brasil exportou US$ 7,277 bilh�es � Alemanha no ano passado e importou US$ 14,2 bilh�es. O pa�s germ�nico ficou na sexta posi��o do ranking de principais destinos dos embarques brasileiros em 2012, depois da China, Estados Unidos, Argentina, Pa�ses Baixos e Jap�o, nesta ordem.

Aos participantes do Encontro Econ�mico Brasil-Alemanha – 2 mil empres�rios v�o se reunir at� o fim da tarde de hoje em debates e rodadas de neg�cios em S�o Paulo – o presidente da Federa��o Alem� da Ind�stria disse que a vit�ria de Azev�do demonstrou que o poder econ�mico do Brasil ganhou import�ncia. O recado de Ulrich Grillo veio em seguida: “Muitos pa�ses derrotam barreiras e isso � correto. Fortalecer acordos bilaterais � importante, mas � necess�rio maior esfor�o para um acordo dentro da OMC”. O industrial argumentou que o protecionismo � um perigo para a capacidade de concorr�ncia de um pa�s.

Na contram�o da crise financeira na Europa, segundo Grillo, a Alemanha passa melhor pela turbul�ncia em rela��o a outros pa�ses e quer estreitar os la�os comerciais com o Brasil. Maior parceiro da na��o germ�nica na Am�rica Latina, o Brasil sedia neg�cios de 1,6 mil empresas alem�s, maior grupo fora da Alemanha, empregando 250 mil pessoas. Os investimentos alem�es em terras brasileiras acumulam aportes hist�ricos de US$ 30 bilh�es, mas de acordo com o presidente da Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o Brasil tem de buscar mais ganhos nessas rela��es.

Dessas 1,6 mil empresas alem�s, 1,2 mil atuam no estado de S�o Paulo. Skaf destacou que na Alemanha a ind�stria se constituiu num modelo importante para a economia que pode servir para o Brasil. As pequenas e m�dias ind�strias germ�nicas representam 99% do setor e respondem por dois ter�os do Produto Interno Bruto (PIB, � a soma da produ��o de bens e servi�os de um pa�s em determinado per�odo) alem�o. Uma das principais metas dos dois pa�ses, agora, � transferir o know how alem�o de desenvolvimento tecnol�gico e inova��o para o aprimoramento das pequenas e m�dias empresas brasileiras. At� 2015, as universidades alem�s v�o oferecer 10,2 mil bolsas a estudantes brasileiros.

Desafios


O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, que tamb�m participou da abertura do Encontro Econ�mico Brasil-Alemanha, evitou a discuss�o sobre protecionismo e abertura comercial. De acordo com Pimentel, o Brasil e a Alemanha s�o economias quase complementares, com a diferen�a de que o pa�s germ�nico tem uma ind�stria extremamente madura e inovadora. “O encontro dessas duas economias se dar� na �rea da ci�ncia, tecnologia e inova��o, que � para onde caminhamos”, afirmou o ministro. As ind�strias alem�s t�m particular interesse em investir em log�stica, portos e aeroportos no Brasil, e em projetos de gera��o de energias renov�veis, como e�lica e solar. O presidente da Federa��o Alem� da Ind�stria destacou que nesses campos, a economia alem� est� bem � frente do Brasil em tecnologia e alertou para os desafios que considerou “colossais” na solu��o de problemas de infraestrutura e mobilidade urbana.


• A rep�rter viajou a convite dos organizadores da Temporada da Alemanha no Brasil.

 

Pequenos e ainda poderosos

 

O faturamento das micro e pequenas empresas mineiras (MPEs)respondeu por 37,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado em 2009, uma queda de 1,6% em compara��o com 2002. No per�odo, a participa��o de todos os segmentos das MPE na economia mineira encolheu, com exce��o do setor de servi�os. � o que mostra um levantantamento in�dito realizado pelo Sebrae Minas em parceria com a Tend�ncias Consultoria Integrada, a Pesquisa Participa��o das Micro e Pequenas Empresas no PIB de Minas Gerais, realizado em 2012. Na agropecu�ria, a participa��o foi reduzida de 76,3% para 71%. Na ind�stria, saiu de 33,1% para 26,2%. J� no setor de servi�os, a fatia passou de 35,8% para 38,1%.

A retra��o aparente, por�m, n�o significa que houve recuo no desempenho das empresas de micro e pequeno porte. De acordo com F�bio Veras, diretor de opera��es do Sebrae Minas, entre 2002 e 2009, o valor adicionado das MPEs, que corresponde � forma��o da riqueza gerada por elas, cresceu de forma ininterrupta. Na ind�stria, saltou de R$ 10,5 bilh�es em 2002 para R$ 19,9 bilh�es em 2009. No setor de servi�os, saiu de R$ 24,4 bilh�es para R$ 58,5 bilh�es. No com�rcio, de R$ 8,4 bilh�es para R$ 20,4 bilh�es. Na constru��o civil, foi de R$ 3,2 bilh�es para R$ 7,2 bilh�es e na agropecu�ria, de R$ 8,5 bilh�es para 16,1 bilh�es. No total, nesses sete anos, o valor adicionado pulou de R$ 43,4 bilh�es para R$ 94,5 bilh�es.

“N�o houve desacelera��o nas MPEs. A aparente contradi��o dos n�meros ocorre porque as m�dias e grandes empresas tamb�m cresceram”, explica Veras. Em Minas Gerais, segundo o estudo, as MPEs respondem por 99,2% do total de estabelecimentos formais e empregam 55,8% da m�o de obra formal, que corresponde a cerca de 1,65 milh�o de trabalhadores. Os c�lculos foram feitos pelo Sebrae a partir das informa��es da Rela��o Anual de Informa��es Sociais do Minist�rio do Trabalho e Emprego (Rais).

De 2009 para c�, a expectativa � de que a fatia de participa��o dos pequenos neg�cios tenha aumentado, j� que h� quatro anos havia 673 mil MPEs no estado e em 2011 esse n�mero saltou para 713 mil, mas ainda n�o h� dados suficientes para medir esse desempenho. Entre 2002 e 2009, a participa��o do segmento na soma de riquezas produzidas no estado foi puxada pelo desempenho do setor de servi�os e pela constru��o civil. Somente os pequenos neg�cios que atuam nessa �rea somaram R$ 94,5 bilh�es no estado, no per�odo. 


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