A ind�stria de fundos de investimento � uma das cinco prioridades da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) nos pr�ximos anos, de acordo com o presidente da autarquia, Leonardo Pereira. "O segmento representa mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (R$ 2,3 trilh�es de patrim�nio) e ter� papel fundamental no crescimento da economia, seja como um captador de poupan�a ou como um viabilizador de novos investimentos", avaliou ele, na abertura do s�timo congresso Anbima de Fundos de Investimento, em S�o Paulo.
Durante seu discurso, Pereira ressaltou a import�ncia da atua��o coordenada entre os �rg�os reguladores para controlar o n�vel de risco da ind�stria, que incluem, al�m da CVM e Anbima, o Banco Central e a BM&FBovespa. Ele tamb�m refor�ou a import�ncia da autorregula��o em fundos, papel desempenhado pela Anbima. "A tend�ncia de queda nos juros deve continuar proporcionando mudan�as como uma menor liquidez, maior risco, mas mais rentabilidade", acrescentou o presidente da CVM.
Este cen�rio exigir�, conforme ele, cuidados mais espec�ficos por parte dos gestores de recursos, al�m de uma supervis�o mais fina e precisa. O ambiente de juros reduzidos tamb�m deve continuar estimulando, segundo Pereira, o aumento significativo da procura por ativos de cr�dito privado.
No �mbito de grandes investimentos, Pereira disse que a CVM e a Anbima est�o trabalhando em conjunto para criar uma estrutura para lan�amento de fundos de deb�ntures de infraestrutura. "A efici�ncia econ�mica da ind�stria de fundos est� sendo olhada de maneira especial pela CVM", acrescentou ele.
Ao comentar as modalidades de fundos existentes, Pereira ressaltou que os fundos imobili�rios s�o uma prioridade da CVM uma vez que estas carteiras cresceram 1.200% desde que foram lan�adas. Os fundos de direitos credit�rios (FIDCs) tamb�m est�o recebendo aten��o especial da CVM, conforme ele. Pereira citou como exemplo a instru��o 531 da CVM que objetiva um modelo mais adequado e seguro dos FIDCS. "Ela ajudar� na redu��o de riscos de fraude e no caso da n�o exist�ncia de ativos. Esse tipo de risco deve ser evitado fortemente", concluiu ele.