A Petrobras mudou de estrat�gia na 11.ª Rodada de Licita��es. Ao contr�rio de leil�es passados, nos quais era protagonista absoluta, desta vez atuou em parceria e abriu m�o do papel de operadora em grande parte dos blocos adquiridos. Pelo Hotel Royal Tulip, onde aconteceu a rodada, n�o foi poss�vel encontrar nenhum dos executivos de peso da estatal, diferente de anos anteriores.
A presidente da estatal, Gra�a Foster, acompanhou o resultado de longe, em Bras�lia, enquanto participava de audi�ncia no Senado. “Fomos bastante seletivos na escolha das �reas”, disse Gra�a, destacando que a estatal vai “entrar firme” no pr�ximo leil�o, marcado para outubro e dedicado ao g�s n�o convencional.
O balan�o final s� ser� divulgado hoje. Mas, com base nos dados preliminares, a Petrobras arrematou cerca de 30 blocos em 8 bacias das 11 ofertadas.
Para o presidente do Instituto Brasileiro do Petr�leo, Jo�o Carlos De Luca, “a participa��o da Petrobras ficou acima das expectativas”. A nova posi��o da empresa permitiu dinamismo ao setor, “j� que novas empresas entraram no mercado”, disse ele, ao analisar o resultado da concorr�ncia.
O foco de atua��o da Petrobras esteve em �reas localizadas no mar. A estatal foi destaque nas bacias do Foz do Amazonas, onde participou do maior lance j� ofertado na hist�ria das rodadas (R$ 345,9 milh�es), e do Esp�rito Santo. A companhia tamb�m disputou e arrematou blocos em terra.
A estrat�gia da estatal foi fechar parcerias para concorrer, principalmente, em blocos com maior valor de investimento para diluir riscos explorat�rios. J� sozinha entrou na disputa por �reas que exigiram b�nus mais baixos. Foi o caso de tr�s blocos em terra no Esp�rito Santo, pelos quais pagou menos de R$ 3 milh�es pelas concess�es.
Para a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, “� poss�vel que a Petrobras se veja como empresa do pr�-sal e de �guas profundas”, o que sugere que ter� uma participa��o mais ativa nos leil�es que ter�o como foco esse tipo de �rea. (colaboraram La�s Alegretti e Eduardo Rodrigues).