Os investimentos da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) para explora��o de g�s natural na Bacia do S�o Francisco ser�o intensificados, o que dever� impulsionar a capacidade produtiva da Companhia de G�s de Minas Gerais (Gasmig) nos pr�ximos cinco anos. At� dezembro, estudos de prospec��o devem indicar o valor para novos investimentos da companhia na regi�o, que at� o momento somam R$ 15 milh�es. A expectativa � de que a produ��o da Gasmig, que hoje n�o ultrapassa 3 milh�es de metros c�bicos por dia, possa alcan�ar at� 30 milh�es de metros c�bicos/dia, com a constru��o de gasodutos e infraestrutura para a explora��o e distribui��o do combust�vel natural.
O diretor de Finan�as e Rela��es com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse ontem que h� mercado potencial para o g�s, tanto nas redes residenciais, quanto industriais. A companhia est� negociando parcerias com empresas estrangeiras que det�m a tecnologia de explora��o do combust�vel em rochas porosas. “O mercado � bastante promissor. Os EUA, que tamb�m det�m grande concentra��o desse tipo de g�s preso em rochas porosas, ser� autossuficiente at� 2017”, apontou o executivo. No fim deste m�s, a Cemig reunir� investidores para detalhar a��es futuras e captar aportes para novos investimentos, o que inclui a Bacia do S�o Francisco.
Nessa sexta-feira, as a��es da companhia fecharam com valoriza��o de 3%, efeito do lucro l�quido de R$ 865 milh�es no primeiro trimestre, alta de 37% de janeiro a mar�o, frente a igual per�odo do ano passado. Apesar de as medidas do governo que reduziram as tarifas de energia el�trica aos consumidores em cerca de 20% n�o terem afetado o lucro do trimestre, o valor de mercado sentiu o impacto da medida anunciada em setembro do ano passado, quando o valor da companhia, atualmente em R$ 20 bilh�es, atingia R$ 32 bilh�es.
Ainda neste semestre, a Cemig ter� de recorrer � Justi�a para renovar o contrato de concess�o assinado com a Uni�o para continuar operando a usina de Jaguara. A concess�o vence em agosto e sua renova��o n�o foi autorizada pela Uni�o. O governo federal entendeu que houve perda do prazo pela companhia. J� a Cemig acredita que seguiu prazos estabelecidos em contratos firmados anteriormente. “N�o consideramos a hip�tese de n�o renovar a concess�o”, afirmou Luiz Fernando Rolla. Segundo o executivo, a a��o judicial para renovar os prazos para a usina Jaguara servir� tamb�m como jurisprud�ncia para a usina de S�o Sim�o, que tem o vencimento da concess�o em 2015, e tamb�m para Miranda, com vencimento em 2016.
Capital
No primeiro trimestre a Cemig registrou gera��o de caixa de R$ 1,6 bilh�o, decorrente, principalmente, do aumento de 15% na receita l�quida, que alcan�ou R$ 3,7 bilh�es. Segundo o executivo, o crescimento do lucro reflete medidas de melhoria operacional e efici�ncia. E tamb�m medidas como a redu��o de custo de pessoal, que somou R$ 4 milh�es no primeiro trimestre.
Nos �ltimos 10 anos, 65% das a��es preferencias da Cemig ficaram nas m�os de investidores estrangeiros, sendo dois ter�os deles investidores norte-americanos e o restante pulverizado em cerca de 40 pa�ses. A Cemig tamb�m anunciou no primeiro trimestre de 2012 ativos totais na ordem de R$ 30,8 bilh�es, patrim�nio l�quido de R$ 12,4 bilh�es e uma receita l�quida consolidada de R$ 3,7 bilh�es.