Os servi�os de sa�de prestados por meio de dispositivos m�veis, como smartphones, podem chegar a 28,4 milh�es de brasileiros nos pr�ximos quatro anos, segundo proje��o que consta em pesquisa da GSMA, associa��o que representa as operadoras de telefonia m�vel no mundo. "Isto representa uma grande oportunidade �s empresas que prestam suporte tecnol�gico, �s de diagn�stico, monitoramento e preven��o dos sistemas de sa�de", disse ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, a diretora-executiva de mHealth da GSMA, Jeanine Vos.
Segundo ela, o servi�o poder� avan�ar no Brasil sobretudo no atendimento m�vel a dist�ncia para pacientes com doen�as como diabetes e press�o alta. Os ganhos aos servi�os de sa�de vir�o da redu��o das visitas m�dicas aos pacientes em procedimentos como acompanhamento e preven��o. O estudo estima que a redu��o de custos, com a melhoria da assist�ncia e efici�ncia da presta��o dos servi�os no sistema de sa�de, poderia atingir US$ 14,1 bilh�es em 2017, caso a proje��o de expans�o se confirme no Brasil.
"O servi�o pode ajudar o Pa�s a enfrentar o desafio de prestar cuidados de sa�de universais para uma grande e dispersa popula��o", disse Jeanine. Segundo ela, as press�es sobre os recursos de sa�de e o crescente peso das doen�as cr�nicas poderiam ser minimizados com as solu��es de sa�de m�vel.
Para que os servi�os de sa�de m�vel avancem, por�m, falta regula��o na vis�o da GSMA. "A aus�ncia de marcos regulat�rio claros que orientem o desenvolvimento e a implanta��o destes servi�os est� retardando sua ado��o", destaca um ponto do estudo.
Al�m disso, o sistema de sa�de no Brasil incentiva o tratamento individual e as prescri��es m�dicas ao inv�s de focar no cuidado preventivo e cont�nuo, aponta a pesquisa. J� estruturalmente, o sistema de sa�de restringe o compartilhamento de informa��es e alinhamento dos processos. Pelo lado tecnol�gico, o desafio � a falta de intera��o operacional e padroniza��o, o que reduz a escala do mHealth.
No Brasil este mercado � pouco explorado. H� tr�s meses, a Telef�nica Digital, bra�o global de inova��es digitais da operadora de telefonia, adquiriu o controle da AxisMed, de gest�o de sa�de. A inten��o inicial � implementar no Brasil uma plataforma que permita usar dispositivos m�veis para o monitoramento dos pacientes. Este sistema j� � usado pela Telef�nica na Espanha e na Inglaterra.
A AxisMed faz o monitoramento de cerca de 180 mil pacientes com doen�as cr�nicas. Entre os clientes da companhia est�o algumas das principais operadoras privadas de sa�de brasileira. O atendimento aos pacientes acontece por meio de uma plataforma multicanal por meio de aplicativos de celular, internet, SMS, portal Web, videoconfer�ncia, entre outros.