Christine Lagarde n�o ser� legalmente obrigada a renunciar ao cargo de diretora-geral do FMI em caso de ser imputada na quinta-feira em Paris pelo caso Cr�dit Lyonnais/Bernard Tapie.
O regulamento interno do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) n�o prev� essa eventualidade em uma institui��o ainda marcada pela ren�ncia em maio de 2011 do antecessor de Lagarde, Dominique Strauss-Kahn, por acusa��es de agress�o sexual.
O regimento interno da organiza��o, revisto em mar�o de 2011, apenas lista as compet�ncias que devem ser assumidas pela dire��o.
Atualizado em agosto de 2012, um c�digo de conduta aconselha os membros do conselho administrativo do FMI, �rg�o presidido por Lagarde, a respeitar "os mais altos padr�es �ticos", em refer�ncia a poss�veis casos de "ass�dio" ou favoritismo dentro da institui��o.
Mas o documento n�o indica o que fazer em caso de processo judicial contra o diretor do FMI.
Lagarde foi convocada a se apresentar � Justi�a francesa na quinta-feira como ex-ministra da Economia (2007-2011). Ele dever� explicar a decis�o de recorrer em 2008 a um tribunal arbitral para encerrar um conflito entre o Cr�dit Lyonnais e Bernard Tapie sobre a venda da Adidas.
O paralelo com o seu antecessor n�o � f�cil de estabelecer. Strauss-Kahn dirigia o FMI no momento em que foi acusado de agress�o sexual.
J� Lagarde, apesar de citada no tribunal, n�o foi formalmente acusada.
Embora legalmente limitadas, as consequ�ncias pol�ticas de uma imputa��o s�o dif�ceis de prever e dependem do grau de benevol�ncia dos principais Estados membros, especialmente dos Estados Unidos, o maior acionista do Fundo.
O FMI se recusou a fazer qualquer coment�rio e referiu-se ao comunicado divulgado no final de mar�o em que seu conselho administrativo reiterou sua "confian�a" na capacidade de Lagarde.