A administra��o p�blica continua pagando os melhores sal�rios. Por isso, o sal�rio m�dio de Bras�lia � o maior do Pa�s, com R$ 3.417,68, segundo dados de 2011 do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O dado surpreendente � do Amap�, que se mant�m como quarto no ranking: o sal�rio m�dio do Estado ficou em R$ 2.053,86, tamb�m por causa do funcionalismo p�blico.
Na m�dia do Brasil, o sal�rio do setor p�blico em 2011 foi de R$ 2.478,21, ante R$ 1.592,19 em entidades empresariais e R$ 1.691,09 em entidades sem fins lucrativos. A m�dia salarial de 2011 ficou em R$ 1.792,61. Segundo o IBGE, o Brasil tem 5,129 milh�es de empresas e outras organiza��es formais. Desse total, 89,9% s�o empresas (“entidades empresariais”), 9,7% s�o entidades sem fins lucrativos e apenas 0,4% s�o da administra��o p�blica.
Segundo Denise Guichard Freire, gerente de an�lise do Cempre, embora o n�mero de entidades da administra��o p�blica seja pequeno, as organiza��es s�o grandes, ocupam muita m�o de obra e pagam melhores sal�rios. “Apesar do predom�nio das empresas, elas ainda pagam sal�rios mais baixos.”
Nos casos de Bras�lia e do Amap�, a remunera��o dos funcion�rios p�blicos puxa a m�dia salarial para cima porque a administra��o p�blica responde por grande parte dos empregos. “O Norte e Nordeste s�o as regi�es que normalmente t�m a administra��o p�blica como principal atividade empregadora”, afirmou K�tia Medeiros de Carvalho, t�cnica do Cempre.
Ainda assim, o sal�rio m�dio do funcion�rio p�blico do Amap� chama a aten��o. Em Bras�lia, capital federal e onde est�o os mais bem pagos servidores federais, o sal�rio m�dio da administra��o p�blica � de R$ 5.877,68 pelos valores de 2011. A segunda maior m�dia � do Amap�, com R$ 3.102,11. Em S�o Paulo a m�dia foi de R$ 2.557,88. No Rio, de R$ 2.884,42.
Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre/FGV), destaca que o setor p�blico sempre pagou mais. Mas isso pode criar dificuldade num cen�rio de baixo desemprego e falta de profissionais qualificados. “� ruim para o setor privado, porque concorre de forma desleal com o setor p�blico.”