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Estado de Minas

Shoppings populares investem em expans�o na regi�o bo�mia de BH

O Uai Shopping, instalado em frente ao Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro, se prepara para dobrar de tamanho e o Xavantes acaba de terminar a sua s�tima expans�o


postado em 26/05/2013 06:00 / atualizado em 26/05/2013 09:21

Seguindo os passos do pioneiro Oiapoque, obras tomam prédio onde funcionou cinema(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Seguindo os passos do pioneiro Oiapoque, obras tomam pr�dio onde funcionou cinema (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)


Os shoppings populares avan�am sobre o reduto da boemia no Centro de Belo Horizonte, com amplia��o das �reas de vendas, novas parcerias e edif�cios. O objetivo dos empres�rios do setor � transformar a regi�o em polo de com�rcio na capital, inspirado na famosa Rua 25 de Mar�o, na Zona Central de S�o Paulo. At� o in�cio do pr�ximo ano ser� inaugurado um centro de compras no local onde funcionava o antigo Cine M�xico, na conflu�ncia da Rua Curitiba e da Avenida Oiapoque. O Uai Shopping, instalado em frente ao Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro, se prepara para dobrar de tamanho e o Xavantes acaba de terminar a sua s�tima expans�o.

Algu�m j� ouviu falar de Shopping das Ar�bias? E em Popular Shopping? Em espa�os menores, os dois empreendimentos privados foram erguidos lado a lado com o Xavantes. A concorr�ncia n�o incomoda os pioneiros. “O que atrapalha � a falta de estacionamento. Como h� pouca oferta de vagas, o pre�o subiu muito”, afirma M�rio Valadares, administrador do Oiapoque, inaugurado h� 10 anos. Na vizinhan�a dos populares, o custo da hora do estacionamento para motoristas de ve�culos pequenos chega a R$ 12.

O Oiapoque, conhecido como Oi entre os clientes, n�o s� atrai novos empreendimentos como serve de espelho para projetos do g�nero. O propriet�rio do Uai Shopping, o mineiro Elias Tergilene, associou-se ao Oiapoque para unir for�as e crescer pelo Brasil afora. Ex-carroceiro e vendedor de esterco, Tergilene aposta na pretens�o de se tornar o rei dos neg�cios populares no Brasil. No Rio de Janeiro ele vai construir o primeiro shopping popular na Favela do Alem�o; em S�o Paulo, planeja centros de compras nas comunidades de Parais�polis e Heli�polis, e em Fortaleza pretende, tamb�m, retirar os camel�s das ruas, assim como ocorreu em Belo Horizonte. Junto � rede Uai, a holding Favela Participa��es deve investir R$ 1 bilh�o em shoppings populares nos pr�ximos cinco anos no Brasil.

Uai e Xavantes planejam ampliação e melhorias(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Uai e Xavantes planejam amplia��o e melhorias (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)


Inaugurado em 2008, o Uai de BH conta com 160 lojas e deve dobrar de tamanho, com investimentos de R$ 15 milh�es. “S� falta a aprova��o do projeto na prefeitura”, afirma Tergilene. Os clientes dos shoppings, diz, v�o de pedreiros a m�dicos, advogados e madames. “Todas as classes sociais v�o em busca de oportunidade e pre�o”, avalia. Tergilene � a favor da constru��o do polo de com�rcio popular. “Os consumidores de shopping popular andam a p�. Se dispersam, v�o pulverizar muito, j� que o estacionamento � caro”, explica.

O administrador do Xavantes, Leonardo Furman, apoia a concentra��o de shoppings populares na regi�o. “Atrai mais p�blico, como ocorre na 25 de Mar�o”, diz. A rua tradicional do com�rcio popular paulista movimenta outras vias ocupadas pelos comerciantes, que chegam a atender at� 1 milh�o de pessoas por dia no Natal. O Xavantes inaugurou 30 lojas no dia 2, sendo que 16 j� est�o ocupadas. “Estamos investindo em corredores mais largos e na climatiza��o da Pra�a de Alimenta��o”, afirma Furman. Quando foi inaugurado, em 2004, o shopping contava com 250 boxes. Hoje, s�o 600. As promo��es n�o deixam a desejar para as dos shoppings da Zona Sul da cidade. No Dia das M�es, por exemplo, o centro de compras popular sorteou um ve�culo Hyundai HB20 entre clientes que desembolsassem R$ 30 em compras nas lojas credenciadas.

Os administradores dos shoppings menores, como o das �rabias e o Popular, s�o mais arredios e evitam falar dos n�meros do neg�cio. “Acho que h� shoppings demais por aqui”, afirma Andr�a Cristina Viegas, respons�vel pelo Shopping das Ar�bias, que passou por expans�o. “O nosso shopping tem menos lojas, n�o d� para comparar com os outros”, resume Edmilson Eduardo Dias, administrador do Popular Shopping.

Do charme do passado a su�tes presidenciais

At� o in�cio de 2014 ser� inaugurado um shopping popular, em meio �s lembran�as dos tempos do Cine M�xico, na Avenida Oiapoque, esquina com Rua Curitiba. O pr�dio do antigo cinema est� em obras avan�adas para se tornar o sexto shopping popular da regi�o. A fachada do edif�cio passa por restaura��o e os principais elementos arquitet�nicos internos ser�o mantidos. “Exploramos a decora��o do palco, o hall vai ser restaurado e vamos montar, ainda, um painel com a hist�ria do cinema”, afirma o arquiteto Eduardo Beggiato, respons�vel pelo projeto e dono do escrit�rio de arquitetura B & L, junto � s�cia Edwiges Leal. O propriet�rio do neg�cio, com inaugura��o planejada para o fim do pr�ximo ano, � o empres�rio Ant�nio Luciano Pereira Filho, dono da empresa agropecu�ria Funchal.

Tombada pelo patrim�nio hist�rico, a constru��o ter� fachadas restauradas e os terra�os abertos para a pra�a de alimenta��o. “Vai ser um shopping popular que lembra cinema. As colunas de palco e o hall principal v�o ser mantidos”, observa Beggiato. Em �rea de 1,5 mil metros quadrados distribu�da em tr�s andares, o shopping contar� com cerca de 200 boxes, de quatro e cinco metros quadrados cada.

Na avalia��o de Beggiato, a tend�ncia � que o com�rcio popular se torne cada vez mais forte na regi�o. “� uma �rea central, de f�cil acesso. A concorr�ncia � saud�vel. O que falta em um, encontra-se em outro. E o com�rcio � para diversos tipos de p�blico”, diz.

E, se os neg�cios v�o bem para os empreendedores dos shoppings populares, para os donos dos im�veis na redondeza a situa��o n�o � diferente. Os empres�rios do setor imobili�rio avaliam que os pre�os do im�veis da regi�o do Bulevar Arrudas devem continuar se valorizando a um ritmo superior ao da infla��o nos pr�ximos anos. E os principais locat�rios das redondezas s�o os chineses, que tomaram conta dos locais ocupados por armarinhos no passado. Eles est�o por toda parte na regi�o, mas fogem de qualquer di�logo quando o assunto � entrevista e c�mera fotogr�fica.

O Hotel Golden Tulip, que vai ocupar o espa�o de um arranha-c�u de 27 andares no local, dever� ajudar a alavancar os neg�cios na regi�o. Com investimentos de R$ 200 milh�es, o empreendimento de cinco estrelas ter� 410 apartamentos de luxo, com extens�o de 40 metros quadrados, al�m de quatro su�tes presidenciais de 90 metros quadrados cada e uma su�te real, de 230 m2. A �rea, conhecida pelo ambiente da boemia, vai mudar de cara, garantem os investidores. O que dir�o dos pre�os.


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