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Estado de Minas

�ndios que ocupam Belo Monte dizem estar cansados de esperar governo para negociar


postado em 28/05/2013 20:16

Em uma carta divulgada no site do Conselho Indigenista Mission�rio (Cimi) e atribu�da � lideran�as ind�genas munduruku, xipaya, kayap�, arara e tupinamb�, o grupo que desde a madrugada de ontem ocupa um dos canteiros de obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Par�, diz estar cansado de “esperar e chamar” representantes do governo federal para negociar.

“O governo disse que se n�s sa�ssemos do canteiro, n�s ser�amos ouvidos. N�s sa�mos pacificamente e evitamos que voc�s passassem muita vergonha nos tirando � for�a daqui. Mesmo assim, n�s n�o fomos atendidos. O governo n�o nos recebeu”, declaram os autores do texto, se referindo � ocupa��o do canteiro S�tio Belo Monte, no in�cio do m�s.

“Queremos a suspens�o dos estudos e da constru��o das barragens que inundam os nossos territ�rios, que cortam a floresta no meio, que matam os peixes e espantam os animais, que abrem o rio e a terra para a minera��o devoradora. Que trazem mais empresas, mais madeireiros, mais conflitos, mais prostitui��o, mais drogas, mais doen�as, mais viol�ncia”, menciona o documento. “Exigimos sermos consultados previamente sobre essas constru��es, porque � um direito nosso garantido pela Constitui��o e por tratados internacionais. Isso n�o foi feito aqui em Belo Monte, n�o foi feito em Teles Pires e n�o est� sendo feito no Tapaj�s”.

O principal objetivo dos �ndios � a suspens�o de todos os empreendimentos hidrel�tricos na Amaz�nia at� que o processo de consulta pr�via aos povos tradicionais, previsto na Conven��o 169 da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.

Divulgada antes do an�ncio da Justi�a Federal, que, esta tarde, concedeu um prazo de 24 horas para que a Funda��o Nacional do �ndio (Funai) e a Uni�o providenciem a sa�da pac�fica e volunt�ria do grupo de �ndios do canteiro de obras, o texto cobra que o governo federal n�o envie a For�a Nacional para “negociar”.

“Queremos que a [presidenta] Dilma [Rousseff] venha falar conosco […] Ocupamos de novo o seu canteiro. Quantas vezes ser� preciso fazermos isso at� que a sua pr�pria lei seja cumprida?”, questionam os autores do texto. Desde ontem a Ag�ncia Brasil tenta, sem sucesso, contactar, por telefone, lideran�as mundurukus que, segundo informa��es de representantes da etnia, est�o no canteiro, com o grupo de manifestantes.


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