O crescimento de apenas 0,1% no consumo das fam�lias no primeiro trimestre de 2013 ante o quarto trimestre de 2012 revela um sinal preocupante para o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (Abit), Aguinaldo Diniz Filho. O consumo interno, importante motor para o setor, deixou de ser a alavanca do desempenho econ�mico brasileiro, opina.
"V�nhamos numa pol�tica de crescimento via consumo e este dado est� mostrando que esse momento acabou", afirma Diniz Filho. "Precisamos voltar ao crescimento por investimento", conclui. Deste ponto de vista, � positivo que o investimento, dado pela Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF), tenha subido 4,6% no primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2012, melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2010.
O executivo, por�m, avalia que o ponto mais preocupante � a redu��o do PIB da ind�stria, que caiu 0,3% na compara��o ao �ltimo trimestre de 2012. Na opini�o do representante da ind�stria t�xtil, medidas como a desonera��o da folha e os esfor�os para redu��o do custo da energia n�o est�o sendo suficientes para a recupera��o da ind�stria.
No caso da produ��o t�xtil, Diniz Filho destaca que a competi��o com os produtos vindos da China tem prejudicado as empresas nacionais. "Temos sofrido com concorr�ncia predat�ria e desleal", afirma. O presidente da Abit defende que � preciso maior desvaloriza��o do real ante o d�lar para redu��o do d�ficit comercial no setor, que em 2013 deve ser de US$ 6 bilh�es, segundo estimativas da Associa��o.
Em mar�o de 2013, a produ��o da ind�stria do vestu�rio encolheu 11,36% ante o mesmo m�s do ano anterior e a do segmento t�xtil teve redu��o de 8,06%. O presidente da Abit destaca, por�m, que o varejo de vestu�rio no Brasil cresceu 4,10% no mesmo per�odo, o que indica que houve alta da venda de importados no mercado interno. Para o acumulado de 2013, a Abit mant�m a previs�o de que a ind�stria de tecidos e confec��es cres�a 2%. Para o varejo de vestu�rio, a expectativa � de alta de 4%.