(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

PIB abaixo de 3% para frear infla��o

Especialista faz proje��o modesta diante do resultado fraco do primeiro trimestre e do ano eleitoral que se aproxima


postado em 02/06/2013 00:12 / atualizado em 02/06/2013 07:33

Rio de Janeiro – O modelo de crescimento baseado no est�mulo ao consumo deu claros sinais de esgotamento, na avalia��o do economista e professor da Funda��o Getulio Vargas Rog�rio Sobreira. Para ele, a acomoda��o do indicador dos gastos das fam�lias (alta de apenas 0,1%) no primeiro trimestre deste ano revela que as pol�ticas de incentivo adotadas pelo governo ao longo de 2012 surtiram um efeito moment�neo e insuficiente para reaquecer a atividade brasileira. “Ningu�m, em tese, sai comprando geladeira todo semestre ou carro todo ano”, diz o economista.

“A taxa em si (de 0,6%), abaixo da expectativa do mercado, j� foi uma ducha de �gua fria, mas a composi��o do PIB indica alguns pontos que chamam ainda mais a aten��o”, afirma Sobreira. Se a acomoda��o do consumo das fam�lias, por exemplo, se configurar uma tend�ncia, � sinal claro de que o modelo de crescimento fortemente baseado no consumo chegou ao esgotamento.”

O vice-diretor de An�lise de Pol�ticas P�blicas da FGV refor�a o sentimento de frustra��o do mercado com o p�fio avan�o de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no in�cio de 2013 e acredita que a taxa anual ficar� entre 2,8% e 2,9%. “No melhor dos cen�rios, 3%, n�o mais que isso.”

“Os gargalos na infraestrutura s�o um problema grave. Justamente porque servem de obst�culo para os investimentos. O pa�s s� conseguir� atrair os investimentos necess�rios quando superar esse problema. A situa��o � complicada. Leil�es e concess�es recentes n�o parecem suficientes, e entre os empres�rios ainda h� uma sensa��o de que est�o todos ‘pagando para ver’”, explica Rog�rio Sobreira. “Em rela��o ao aumento dos investimentos, � preciso cautela: o indicador ainda n�o revela uma retomada, mas sim um retorno a n�veis anteriores. N�o d� para afirmar que o ritmo ser� mantido”

Selic

Para Sobreira, a alta de 0,5 ponto percentual na taxa b�sica de juros (Selic) pelo Banco Central na �ltima quarta-feira, acima do esperado pelo mercado, tem a ver com a an�lise que o governo faz da conjuntura sob o ponto de vista eleitoral e essa preocupa��o deve ficar ainda mais clara com a divulga��o da ata da �ltima reuni�o do Conselho de Pol�tica Monet�ria (Copom), na pr�xima quinta-feira. A disposi��o de conter a infla��o, mesmo que para isso seja preciso sacrificar o crescimento do pa�s, parece ter sido o que norteou a decis�o da autoridade monet�ria, na avalia��o do economista. “Se tiver de sacrificar alguma coisa, mesmo para 2014, ser� o crescimento. Nesse sentido, n�o h� espa�o para uma pol�tica monet�ria ultrarrestritiva”, afirma Sobreira.

Sob o ponto de vista eleitoral, completa o especialista, a infla��o � um indicador muito mais relevante que o crescimento. “O governo topa reduzir o risco de expans�o do PIB este ano, at� porque ainda prevalece uma sensa��o de conforto e pleno emprego. Agora, a prioridade � segurar qualquer possibilidade de a infla��o provocar um impacto ainda mais negativo.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)