A fogueira que a Iai� vai pular vai animar os festejos que v�o tomar conta da Grande BH a partir desta semana. Bandeirolas, barraquinhas, canjicas e quent�es j� est�o no foco dos produtores das grandes festas juninas e julinas que t�m arrebatado um n�mero cada vez maior de moradores da capital e regi�o. Os eventos t�picos que comemoram os dias de Santo Ant�nio, S�o Jo�o e S�o Pedro ultrapassaram os muros das escolas e clubes particulares. Se transformaram em festan�as e grandes neg�cios, que j� movimentam mais de R$ 3 milh�es apenas com a venda de ingressos. Tamb�m geram empregos. Pelo menos 2 mil pessoas devem trabalhar para atender as dezenas de milhares que v�o se divertir.
“As festas juninas s�o programas diferentes, com bons shows e gente bonita. Gosto bastante”, afirma a arquiteta Rachel Bianchini. Ela planeja ir a pelo menos duas delas este ano. Com os ingressos, deve desembolsar cerca de R$ 250. E com o transporte (van ou t�xi), mais R$ 60, pelo menos. Como as festas contam com v�rios shows, comida e bebidas inclu�das, Rachel Bianchini, acredita que vale o investimento. “Na Saideira do Comida di Buteco o ingresso era R$ 140, s� para entrar”, compara. Guilherme Rocha, oficial de Justi�a avaliador, sempre frequenta as juninas da regi�o. Ele lembra que h� desde as mais familiares, como de condom�nios, como a do Retiro das Pedras ou a do Morro do Chap�u, at� as que contam com grandes shows, como o Arrai� do Expressinho, organizado pela Mari�ngela Lima. “Esta �poca, de junho, j� � uma das melhores do ano por causa dessas v�rias op��es de festas boas”, refor�a Guilherme, conhecido tamb�m como Black.
Os ingressos para as festas juninas e julinas que est�o sendo organizadas em BH variam de
R$ 30, valor cobrado pelo Arrai� Pinga-Fogo Bombeiros, que n�o tem bebida nem comida inclu�das, at� R$ 240, pre�o da entrada no Arrai� do PIC (para n�o s�cios no terceiro lote), que oferece de tudo e mais o show do Jota Quest. A junina que abre a temporada deste ano � a do Serra Del Rey, na sexta-feira. O DJ Eduardo Aum, produtor da festa h� 13 anos, conta que os convites j� est�o no fim. Para ele, apesar de ter aumentado o n�mero de eventos desse tipo na capital, h� p�blico. “As festas s�o divididas por perfil. Na nossa, por exemplo, eu coloco m�sica, tem o Trio Forr� Uai e a banda Putz Grilla”, conta, lembrando que a galera acima dos 30 anos � que vai garantir presen�a.
Pipocando
O s�cio da Central dos Eventos, Philippe Rodrigues Xavier, que est� na produ��o da Festa Junina no Mix Garden, marcada para o dia 14, calcula que os “arrai�s” triplicaram nos �ltimos cinco anos. Tanto que o m�s nem havia come�ado e a central j� estava vendendo ingressos para oito festejos. “O movimento � bom”, afirma. Que o diga Mari�ngela Lima, da LM Promo��es e Eventos. Ela organiza o Arrai� do Expressinho h� 23 anos. A tradicional festa come�ou pequena, com p�blico de cerca de 300 pessoas. A edi��o marcada para s�bado vai receber 1,5 mil.
Mari�ngela Lima observa que a concorr�ncia aumentou muito nos �ltimos anos. Tanto que ela sofisticou a festa: “Agora, al�m da fartura, da anima��o, de DJs e duplas locais, trazemos tamb�m bandas nacionais”. No “arrai�” deste ano, a atra��o ser� a Biquini Cavad�o. “Temos muito mais festas hoje, mas tem p�blico pra todo mundo”, diz. Para ela, vale a pena produzir esse tipo de evento t�pico. “N�o consigo deixar de fazer”, garante a produtora, que hoje foca mais em grandes promo��es de casamentos e de festas de 15 anos.
Nas festas do Chevals e na Camarim Nutreal, marcadas para os dias 15 e 22, o arrasta-p� j� est� todo preparado. Leo Stallone, da LS Produ��es, organiza a primeira: “O formato � diferenciado, sempre esgota”. Lucas Vereza, da Camarim Nutreal, refor�a que o importante � inovar sempre. Nesta edi��o, por exemplo, v�o oferecer barracas de brincadeiras com arcos, tiro ao alvo, entre outras.
Neste ano, as festas da NaSala e do Clube Chalezinho ficaram para o pr�ximo m�s. Segundo Bruno Carneiro, foi necess�rio marcar a da NaSala para 6 de julho por causa da grande concentra��o de eventos em junho. “A quantidade est� incr�vel. O mineiro gosta dessa valoriza��o da cultura”, observa. Ralph Marcellini, do Chalezinho, vai promover a festa em 12 de julho, para 1 mil pessoas. “Vai ser a primeira no nosso novo endere�o. Em junho teria tamb�m a concorr�ncia da Copa das Confedera��es”, lembra. Ele observa que as festas est�o se tornando t�o tradicionais que j� come�am a atrair turistas. “Est� bacana”, refor�a.
Para Fernando J�nior, presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel/MG), as festas juninas t�m ficado a cada dia mais profissionais. “Se transformaram em grandes eventos.” Ele mesmo confessa ser frequentador de algumas: “Gosto do estilo, do ar livre”.
Tradicionais de grande sucesso
As festas juninas de clubes e condom�nos da grande BH j� s�o tradi��o do m�s. A do Pampulha Iate Clube (PIC) � das mais sofisticadas. Neste ano ser� no s�bado e vai contar com o show do Jota Quest. “Ser� para 5 mil pessoas. A maioria s�cios”, conta o presidente do clube, Edison Sim�o. Ele garante que o evento � sucesso garantido, com muita comida e bebida t�pica. “� para a alegria dos s�cios e de seus amigos”, diz. Os ingressos custam de R$ 160 (para s�cios no primeiro lote) a R$ 240 (n�o s�cios no terceiro lote). No mesmo dia, o Olympico, na Serra, promove seu arrasta-p� para mais de 2,5 mil pessoas. O ingresso custa de R$ 18 (s�cios) a R$ 36 (n�o s�cios). A produtora de eventos do clube, Luiza Vieira Wollny, conta que a junina sempre � um sucesso.
Neste ano, a festa do Minas T�nis Clube ser� nos dias 21 e 22. A expectativa � de que 15 mil pessoas passem pela sede do Minas II, no Mangabeiras, entre os dois dias. Os s�cios t�m entrada franca e compram comidas e bebidas nas barraquinhas. Os ingressos, para seus convidados, custam
R$ 120 para a sexta-feira, e R$ 50 para o s�bado, voltado para o p�blico infantil, que conta com as quadrilhas dos alunos do curso b�sico de esportes do clube.
A 26ª edi��o do Forr� da Lua Cheia do Morro do Chap�u Golfe Clube est� marcada para o dia 22 e deve receber 2,3 mil pessoas, entre associados e seus convidados. A vice-presidente e diretora social do condom�nio, Jane Elizabeth Castro Ellis, conta que a festa � familiar, privilegia o conforto e a seguran�a do p�blico, sem deixar a divers�o de lado. “J� fizemos para at� 5 mil pessoas, mas n�o fica t�o bom”, observa, lembrando que os frequentadores esperam o ano todo pela data do evento. “� muito tradicional.” (GR)