Uma auditoria interna da Petrobr�s contestou contrato da petroleira com o grupo Odebrecht em torno de US$ 840 milh�es para servi�os em dez pa�ses. Depois de an�lise do �rg�o interno, que atua com independ�ncia, o montante a ser pago foi reduzido em 43% do valor original, a cerca de US$ 480 milh�es.
O acordo inclui trabalhos de manuten��o na refinaria de Pasadena no Texas (Estados Unidos), onde a Petrobr�s � investigada por ter firmado um contrato com falhas e comprado a unidade por pre�o acima do de mercado, como revelou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, em julho do ano passado (leia texto ao lado).
O contrato foi tema de pauta em reuni�o de conselho de administra��o da companhia realizada h� pouco mais de dois meses. A presidente Gra�a Foster fez quest�o de relatar o caso aos outros nove administradores da estatal, no conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em seu relato ao conselho, Gra�a Foster n�o comentou que estavam inclu�dos no contrato trabalhos na refinaria de Pasadena. O servi�o foi contratado durante a gest�o de seu antecessor, Jos� S�rgio Gabrielli.
Destino
Apenas US$ 400 milh�es foram inicialmente destinados para a Odebrecht. Restaram em torno de US$ 80 milh�es a serem pagos pela Petrobr�s. Gra�a disse na reuni�o que o montante s� seria desembolsado caso empresas locais oferecessem pre�os mais altos pelos trabalhos acordados inicialmente com a Odebrecht. Todos os valores s�o aproximados.
O acordo foi feito com Odebrecht Engenharia Industrial, bra�o da construtora respons�vel por obras industriais da empresa no Brasil e no exterior, em �reas como petr�leo, minera��o, petroqu�mica e metalurgia.
A empresa � respons�vel pelo contrato de presta��o de servi�os para a �rea de Neg�cios Internacionais da Petrobr�s, dentro do plano de a��o de certifica��o em seguran�a, meio ambiente e sa�de, denominado Projeto PAC SMS. O contrato guarda-chuva contempla v�rios pa�ses e, em 2011, foi ampliado para incluir servi�os espec�ficos em Pasadena.
Sem coment�rios
Procurada, a Odebrecht n�o quis comentar. A Petrobr�s tamb�m n�o se manifestou oficialmente. A petroleira n�o informou o motivo da redu��o dos valores, nem por que o contrato foi revisto. Tampouco detalhou os servi�os e pa�ses envolvidos.
Mas o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, apurou que o contrato revisto do Projeto PAC SMS inclui, al�m dos Estados Unidos, nove pa�ses que t�m refinarias e esta��es de servi�os da Petrobras. S�o eles Argentina, Jap�o, Col�mbia, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Bol�via e Brasil. Segundo uma fonte, o acordo foi reduzido quase � metade por ter sido considerado caro demais para os servi�os oferecidos.
As obras s�o conduzidas em parceria com a Foz do Brasil, empresa do grupo Odebrecht para projetos ambientais. Conta com 26,53% de participa��o acion�ria do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FI-FGTS).
O contrato suplementar para Pasadena foi firmado para recupera��o, constru��o, montagem e elabora��o de estudos e diagn�sticos das �reas de SMS. Tamb�m inclui coloca��o de equipamentos e realiza��o de servi�os para conting�ncia e combate a inc�ndios.