O ritmo lento da atividade econ�mica dever� contribuir para que a confian�a do empres�rio do com�rcio complete um ano de piora no pr�ximo m�s, segundo o economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) Fabio Bentes. Ap�s a divulga��o do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao primeiro trimestre deste ano, no �ltimo dia 29, que veio aqu�m das expectativas do mercado, a confian�a do setor ficou ainda mais abalada, o que dever� comprometer a perspectiva de investimento e contrata��o.
At� o m�s passado, o recuo do �ndice de Confian�a do Empres�rio do Com�rcio (Icec) era pautado pela decep��o com a recupera��o da economia. Mas, em maio, pesou tamb�m a frustra��o com o desempenho do pr�prio com�rcio, que at� ent�o, vinha se sustentando no crescimento da renda da popula��o, disse Bentes.
No m�s passado, o setor sentiu os efeitos da infla��o e a perspectiva � de piora, com a alta da taxa b�sica de juros de 7 5% para 8%, na �ltima semana. "No curto prazo, a tend�ncia (com a alta dos juros) � de gerar sequ�ncias de resultados negativos. Mas, se surtir efeito sobre a infla��o, vai, l� na frente, ajudar o com�rcio, porque boa parte da queda das vendas � explicada pela infla��o, principalmente, em alimentos", disse o economista.
Do Icec de maio, Bentes destacou a avalia��o do empres�rio do com�rcio sobre a economia. O indicador desse item caiu 14,1%, comparado a maio do ano passado. Em abril, o mesmo �ndice registrou queda de 6,7%. "A estat�stica � anterior � divulga��o do PIB, portanto n�o ser� surpresa se completarmos um ano de queda da confian�a do empres�rio em junho", disse o economista da CNC.
Em maio, a confedera��o registrou queda em oito dos novos quesitos que comp�em o Icec. A exce��o foi o indicador relativo a investimento com funcion�rios, que subiu 4,1%. Ainda assim, a avalia��o de Bentes � que o ritmo de contrata��o est� mais lento neste ano e que o crescimento da m�o de obra � de reposi��o, para acompanhar o crescimento das vendas, estimado em 5% neste ano. Em 2012, o com�rcio avan�ou 8,4%, segundo a Pesquisa Mensal do Com�rcio (PMC).
A CNC espera que, neste ano, sejam criados 90 mil postos de trabalho a menos do que no ano anterior. Em 2012, o com�rcio abriu 390 mil vagas e, em 2013, deve abrir 300 mil, segundo a estimativa da confedera��o. "O �ndice n�o est� t�o baixo, porque as expectativas ainda est�o altas. Mas devemos experimentar nos pr�ximos meses, quedas nas expectativas", disse Bentes.