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Estado de Minas

Ind�stria pressiona governo por mais acordos comerciais


postado em 04/06/2013 08:52

Ap�s passar anos buscando prote��o do governo, a ind�stria brasileira se deu conta de que o mercado interno n�o � suficiente para garantir seu futuro. No momento em que v� sua participa��o nas exporta��es despencar e em que perde mercado at� na Am�rica do Sul, o setor come�a a pressionar o governo na dire��o oposta: quer mais acordos comerciais bilaterais.

Nos pr�ximo dias, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) enviar� � presidente Dilma Rousseff uma carta com extensa an�lise sobre a aus�ncia do Brasil nos acordos preferenciais de com�rcio e recomenda��es para uma nova e urgente pol�tica de inser��o comercial, ainda que isso signifique uma abertura maior do mercado nacional.

“O Brasil precisa saber, em todas as esferas - empres�rios, governo e sociedade -, que, se n�o fizer nada, vai ficar exclu�do do cen�rio mundial. Vai regredir mais e mais sua produ��o para bens prim�rios”, diz Pedro Passos, presidente do Iedi e s�cio-fundador da Natura.

Outras entidades tamb�m pedem mudan�as na pol�tica comercial brasileira, como a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) e a Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea).

A Fiesp se prepara para liderar um movimento pela reforma do Mercosul. “Precisamos nos livrar dessa camisa de for�a, pois n�o vamos concluir nenhum acordo tendo Argentina e Venezuela como parceiros”, diz Roberto Giannetti da Fonseca, do Departamento de Rela��es Internacionais e Com�rcio Exterior da Fiesp. A ideia � ter um acordo guarda-chuva para o bloco e acertos individuais de cada pa�s, com tarifas espec�ficas e prazos de ades�o.


O Iedi afirma que, ao privilegiar as negocia��es da Rodada Doha, da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), em discuss�o desde 2001, o Brasil n�o correu atr�s de acordos preferenciais de com�rcio, se afastando de outras economias relevantes que investiram nessa estrat�gia. Em dezembro, o futuro de Doha ser� tema da reuni�o da OMC, agora sob dire��o do brasileiro Roberto Azevedo.

Recuo


Nos anos 70 e 80, a ind�stria brasileira representava 3% da ind�stria global e 1,5% do com�rcio mundial de produtos. Hoje, essas fatias ca�ram para 1,7% e 0,7%, respectivamente. Com a cruzada pela inser��o do Pa�s em acordos de grande abrang�ncia, Passos afirma ter como “meta ou sonho” a recupera��o dessa presen�a. “N�o se trata, portanto, de um esfor�o coreano ou chin�s, pois j� tivemos o dobro da participa��o atual.”

Entre as quest�es regulat�rias que devem ser inclu�das em futuros acordos, o Iedi sugere regras de origem preferenciais, mecanismos de reconhecimento m�tuo de medidas n�o tarif�rias, salvaguardas transit�rias e um modelo de prote��o aos investimentos que leve em conta as sensibilidades de pa�ses em desenvolvimento.

A coordenadora do Centro do Com�rcio Global e do Investimento da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Vera Thorstensen, diz que, at� o ano passado as ind�strias resistiam em apoiar acordos. Alegavam perda de competitividade em raz�o do custo Brasil e da desvaloriza��o cambial. Mas viram, por exemplo, que a explos�o de consumo ocorrida no Pa�s foi atendida em boa parte por produtos chineses. “A ind�stria nacional continua sem competi��o mas percebeu que isso precisa ser usado como press�o para buscar solu��es do governo”, diz.


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