O coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimenta��o da Associa��o Brasileira de Franchising (ABF), Jo�o Baptista Jr, afirmou que a especula��o imobili�ria e os impostos podem atrapalhar o avan�o do food service no Pa�s no ano. Os fatores est�o pressionando os custos e prejudicando a rentabilidade das empresas do segmento.
Nesta quarta-feira, 5, a ABF divulgou o Balan�o Setorial das Redes de Franquias no Setor de Alimenta��o em 2012, elaborado em parceria com a ECD, consultoria especializada em food service. A pesquisa apontou que a expectativa dos empres�rios � de um crescimento da receita bruta de 13% em 2013. "A pesquisa foi respondida em abril e levou em conta a abertura de estabelecimentos. Mas, hoje, com um cen�rio adverso em termos de custos, o empres�rio est� com medo e j� fala em avan�o pela metade, por volta de 6%, 7%", disse Baptista.
Segundo ele, a profissionaliza��o dos estabelecimentos comerciais, principalmente dos shoppings, � saud�vel, mas a especula��o imobili�ria � ruim. "O problema � que estamos em uma ciranda financeira e o modelo econ�mico n�o � mais de um ambiente de varejo saud�vel. N�o se pensa mais no varejo, no mix, e sim em fazer dinheiro com os nossos receb�veis", afirmou, ressaltando que dessa maneira as taxas de ocupa��o e condom�nio pagas pelas franquias acabam encarecendo. "Hoje o principal parceiro do food service � o shopping. Mas hoje essa rela��o est� desequilibrada por conta desses aumentos dos custos", completou.
Na quest�o dos impostos, Baptista fez duras cr�ticas � guerra fiscal dos Estados. "Esse movimento leva a custos indiretos e n�o viabilizam a abertura de novas lojas em regi�es importantes de consumo", declarou. "Chegamos ao limite de nossos custos e o consumidor n�o aguenta mais repasses. Precisamos resolver esses entraves o mais r�pido poss�vel", ressaltou. O executivo comentou que, no ano passado, o segmento de food service aumentou, em m�dia, 8% dos valores de seus produtos ao consumidor final, porcentual que n�o foi suficiente para compensar o aumento dos custos no per�odo.
O coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimenta��o da ABF informou que a associa��o tem pedido a inclus�o do setor no Plano Brasil Maior. "Uma das solu��es para aliviar nossos custos � a desonera��o da folha de pagamento. E estamos em conversas com o governo para sermos inclu�dos no plano", disse.