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Estado de Minas

Diplomata brit�nico defende internacionaliza��o do pa�s


postado em 05/06/2013 17:31 / atualizado em 05/06/2013 17:49

O embaixador da Gr�-Bretanha no Brasil, Alan Charlton, afirmou nesta quarta-feira que o pa�s precisar� se "internacionalizar" para assegurar que seja percebido no mundo com todo o potencial que tem. "� dif�cil desenvolver a inova��o e se tornar competitivo se voc� n�o est� aberto para o mundo e � competitividade", disse, em palestra organizada pela Funda��o Armando �lvares Penteado (Faap), em S�o Paulo.

Charlton vive no Brasil desde 2008, quando assumiu a embaixada. Na vis�o dele, � errado pensar que pa�ses de dimens�es continentais n�o precisam se abrir ao com�rcio internacional tanto quanto as economias pequenas. "Eu n�o acho que essa � uma realidade se o Brasil tem ambi��es para o s�culo 21. Vivemos num mundo conectado e interdependente. Sucesso requer vis�o e coopera��o internacional."

"� importante consolidar ind�stria e servi�os e garantir emprego. Prote��o e regula��o de conte�do local podem funcionar por um per�odo de transi��o", disse Charlton, que complementou, na sequ�ncia: "Isso pode levar, contudo, a uma economia de alto custo e n�o necessariamente de alta tecnologia em todas as �reas". Empresas estrangeiras estabelecidas no Pa�s gostam do protecionismo nacional, pois n�o precisam se preocupar com a competi��o, afirmou. Isso � prejudicial, segundo o embaixador da Gr�-Bretanha, pois n�o incentiva a efici�ncia, a produtividade ou o avan�o da tecnologia, nem aumenta as exporta��es.

"N�o seria f�cil para o Brasil se abrir imediatamente para a competi��o internacional, enquanto lida com a infla��o e a taxa de c�mbio elevadas", afirmou. Apesar de saber das dificuldades nacionais, Charlton disse que � preciso tra�ar um caminho para a competitividade em pre�o e tecnologia.

Um maior protecionismo - n�o s� no Brasil, mas no mundo - pode ser uma resposta para as dificuldades econ�micas que os pa�ses enfrentam, disse. "Esse � um caminho para um crescimento ainda menor. O mundo precisa promover mais crescimento, o que significa menos barreiras. Ter um sistema forte multilateral � a chave para todos: pa�ses desenvolvidos, emergentes e pobres."

Presente no evento, o embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Faap, declarou que o Brasil precisa ter "uma grande voca��o de favorecer as negocia��es multilaterais". Conforme Ricupero, embora a presidente Dilma Rousseff seja engajada, ela "n�o tem a mesma voca��o para as rela��es internacionais do que o presidente Lula". "Em parte, talvez porque os problemas econ�micos sejam mais s�rios", acredita.

Durante a exposi��o, Charlton cobrou mais engajamento brasileiro nas quest�es internacionais e defendeu a entrada do Pa�s como membro permanente do Conselho de Seguran�a (CS) da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU). "O Reino Unido gostaria de ver o Brasil no Conselho de Seguran�a como um membro permanente, como parte de uma reforma maior", julgou. "Isso deve, infelizmente, levar algum tempo. No meio tempo, gostar�amos de ver o Brasil engajado cada vez mais em quest�es de seguran�a internacional", cobrou.

Economia e sociedade

O embaixador da Gr�-Bretanha afirmou que o Plano Real e os presidentes brasileiros, desde ent�o, transformaram o pa�s num dos mais est�veis do mundo. Os fundamentos s�lidos da economia, na an�lise de Charlton, foram essenciais para que o Brasil enfrentasse a crise econ�mica mundial de 2008. "Se em d�cadas passadas a economia brasileira seria muito atingida por uma crise internacional, nesta ocasi�o o Pa�s se manteve firme e se recuperou com forte crescimento em 2010", admitiu.

A solidez econ�mica e o enfrentamento da crise aumentaram a confian�a no Pa�s, com a transi��o para uma economia de consumo de classe m�dia, com altas taxas de emprego. "Este fortalecimento da classe m�dia tem consequ�ncias pol�ticas tamb�m", explicou. Na avalia��o do embaixador, houve um fortalecimento da sociedade civil no Brasil, seguindo o mesmo movimento. Charlton exemplifica com a lideran�a brasileira em discuss�es ambientais, o movimento pela aprova��o da Ficha Limpa, entre outros pontos.


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