A presidenta da Petrobras, Gra�a Foster, disse hoje que a empresa vai adotar uma postura seletiva, focada no que lhe interessa, e de extrema cautela nos pr�ximos leil�es da Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP). A 12ª Rodada de Licita��es, prevista para outubro, dever� ofertar cerca de 300 blocos explorat�rios de g�s, com foco nas �reas com g�s n�o convencional. Os blocos est�o localizados nas bacias do Parna�ba, Parecis, Paran�, Acre, S�o Francisco e do Sergipe/Alagoas e Rec�ncavo.
Para essa rodada, informou Gra�a Foster, a empresa est� estruturando um grande projeto de monetiza��o da potencial descoberta de g�s. Porque, primeiro, o g�s tem que existir, tem que ser economicamente vi�vel e tem que existir um projeto”. Isso porque investir na �rea de g�s � diferente de investir em petr�leo, explicou a presidenta da Petrobras em encontro com empres�rios filiados ao Instituto Brasileiro de Executivos de Finan�as do Rio de Janeiro. “Voc� n�o pode entrar e depois ver o que vai fazer”, ressaltou.
De acordo com Gra�a Foster, o projeto estruturado de monetiza��o ser� levado ao Conselho de Administra��o da Petrobras, para que se declare a comercialidade do g�s – "se se descobrir [g�s] e se comercial for”. Como se trata de um g�s em terra, o projeto tem caracter�sticas de neg�cio diversas, destacou. A Petrobras j� est� buscando parceiros experientes na atividade explorat�ria e de produ��o, mas que tenham tamb�m afinidade com esse grande projeto que est� sendo formatado.
Gra�a falou tamb�m sobre o interesse em disputar a primeira rodada de licita��es do pr�-sal, antecipada de novembro para outubro por decis�o do Conselho Nacional de Pol�tica Energ�tica. Conforme informa��o dada em maio pela diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a �rea ofertada ser� a regi�o de Libra, na Bacia de Santos, descoberta pelo po�o 2-ANP-0002A-RJS, em 2010. A expectativa � que o volume fique entre 26 bilh�es e 42 bilh�es de barris de �leo, dos quais de 8 a 12 bilh�es de barris s�o recuper�veis.
A Petrobras prepara-se para atuar tamb�m nesse leil�o de partilha do pr�-sal de forma diferenciada, na parcela de 70% que excede a participa��o de 30% a que tem direito e obriga��o. “� fundamental conhecer o edital e o contrato, porque nessa outra parte dos 70%, que � al�m do direito e da nossa obriga��o dos 30%, queremos buscar parceiros de fato relevantes, para atuar conosco em um cons�rcio para esses 70%”, disse Gra�a.
Ela enfatizou que � um grande trabalho que perpassa o leil�o em si e que � preciso olhar todo o conjunto de ativos que h� no entorno, toda a infraestrutura, valorizar tudo isso. "Esse � o ponto.”
A presidenta da Petrobras n�o quis, por�m, antecipar que fatia dos 70% a empresa est� disposta a adquirir. “A gente n�o pode falar e n�o falar�”, disse ela. A participa��o vai depender de uma an�lise de sensibilidade, porque � necess�rio buscar a competitividade, o resultado econ�mico-financeiro de toda a opera��o, e a tarefa n�o � simples, destacou.
De acordo com Gra�a Foster, em maio, a Petrobras foi bem sucedida na 11ª Rodada de Licita��o da ANP, tendo adquirido 34 blocos – 17 em terra e 17 no mar. “E somos operadores em 12 (blocos), dos quais tr�s no mar e nove em terra”, disse ela, lembrando que o primeiro �leo e o primeiro g�s dessas tr�s licita��es fazem parte do plano estrat�gico da estatal 2013/2020, mas n�o v�o ocorrer l� na frente. A previs�o da ANP � que seja em 2018 ou 2019, “ou seja, amanh�”. Isso significa mais oportunidades para o setor de petr�leo e g�s do Brasil e, para isso, � preciso come�ar a trabalhar logo, concluiu.