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Estado de Minas

Fiscais 'vazam' opera��o contra empresas de soja


postado em 12/06/2013 08:49 / atualizado em 12/06/2013 09:01

Intercepta��es telef�nicas revelam que dentro da Secretaria da Fazenda de S�o Paulo vazou a Opera��o Yellow, investiga��o sobre empresas de processamento de soja envolvidas em fraudes fiscais que somaram R$ 2,76 bilh�es. “V�o fritar em �leo quente”, avisou o agente fiscal de Rendas N�lson Noronha de �vila Ribeiro, em liga��o para um advogado interno do Grupo Sina, dirigido pelo empres�rio Nemr Abdul Massih, alvo maior da for�a tarefa que mobilizou t�cnicos do Fisco estadual e promotores de Justi�a.

O contato entre �vila e o advogado foi no dia 21 de maio, v�spera da deflagra��o da Yellow. O fiscal d� o alerta sobre a opera��o que estava na imin�ncia de ir �s ruas - 27 promotores e 100 policiais, al�m de efetivos da Fazenda, cumpriram mandados de buscas e pris�o - Nemr, avisado, fugiu.

“Eles convocaram um mundo de gente, um mundo de fiscais, acabei de conversar com um cara de Jundia�, at� o pessoal do Jair foi convocado”, delatou o fiscal. “A gente vai ter de estar de madrugada, amanh�, l� na sede que vai ter uma opera��o grande, eu e mais metade dos fiscais.” O interlocutor de �vila perguntou se ele sabia mais detalhes. “A gente vai fazer maldade com algu�m, s� n�o sei quem, t� bom?”

Outros tr�s fiscais s�o citados por supostamente cobrarem propinas de at� R$ 900 mil. Escutas mostram que exigiam “tr�s d�gitos” para reduzir valores de autua��es ou para suprimir totalmente a san��o.

Para a promotoria, os executivos do Grupo Sina - ou Grupo FN - , o segundo maior do Pa�s em seu ramo, formaram “sofisticada organiza��o criminosa, dividida em setores de atua��o, que se estruturou profissionalmente para a pr�tica de crimes como falsidades ideol�gicas, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro, sonega��o fiscal, corrup��o ativa e passiva”.


O Minist�rio P�blico denunciou � Justi�a 7 executivos e funcion�rios do Sina: Nemr Massih, Nabil Abdul Massih, Simon Nemr Abdul Massih, Joseph Tannus Mansour, Victor Mauad, Jo�o Shoiti Kaku e Yuki Kumakola. “Praticaram il�citos de alta gravidade, infiltrados nas entranhas de important�ssimo setor do Estado, a Secretaria da Fazenda.”

Os promotores atribuem aos fiscais “destacado bra�o da organiza��o que atua integrada no seio do Poder P�blico”. Al�m de �vila, denunciado por viola��o do sigilo funcional, s�o acusados de corrup��o passiva os fiscais Sineval de Castilho, Walter Jos� Guedes J�nior e Jos� Campizzi Busico.

Castilho � apontado como “ponto forte de prote��o do grupo empresarial contra a��es fiscalizat�rias da Fazenda”. Guedes, que ocupava fun��o de inspetor fiscal da Delegacia Regional Tribut�ria II, tinha “o papel de facilitador, para interferir na redu��o de propina, entre outras a��es em prol do bando”.

Busico “opera como intermediador entre Nemr e o fiscal Castilho e outros fiscais nas negocia��es para determina��o do valor da propina”. Com ele foram encontrados US$ 30 mil em esp�cie e “evid�ncias de patrim�nio incompat�vel com suas rendas”.

“Os fiscais formavam um subn�cleo criminoso e, entre si, estavam associados tamb�m com outros funcion�rios da Fazenda de forma est�vel para o fim de cometerem crimes de corrup��o, inclusive envolvendo outras empresas fiscalizadas”, afirma a promotoria.


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