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Estado de Minas

Brics perdem se houver acordo EUA/Europa, diz consultor


postado em 12/06/2013 12:07 / atualizado em 12/06/2013 13:31

O Brasil e o bloco econ�mico formado ao lado de R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul, o Brics, perder�o espa�o com a poss�vel formaliza��o de um acordo de livre-com�rcio entre Estados Unidos e Europa. "As exporta��es brasileiras seriam prejudicadas. Os Brics est�o isolados nesse cen�rio. Ser� um acordo ruim para os emergentes", avaliou o cientista pol�tico Heni Ozi Cukier, fundador da Insight Geopol�tico, consultoria de risco pol�tico internacional, durante evento em S�o Paulo realizado pela Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (Fecomercio-SP).

Estados Unidos e Uni�o Europeia est�o desde o ano passado debatendo um modelo de livre-com�rcio que concentraria cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. "� um n�vel planet�rio. Esse acordo ter� um impacto sist�mico e consequ�ncias para todo o com�rcio mundial", afirmou o c�nsul econ�mico da Embaixada da Fran�a no Brasil, St�phane Mousset, presente no evento, refor�ando que seu pa�s apoia a cria��o do acordo.

A consulesa-geral adjunta dos Estados Unidos, Samantha Carl-Yoder, disse que o governo Barack Obama est� comprometido com a cria��o do acordo, que � "ambicioso" e traria muitos benef�cios, como a gera��o de 13 milh�es de empregos. "O acordo de livre-com�rcio com a Europa � o nosso foco, mas isso n�o significa que estamos desviando a aten��o da import�ncia comercial do Brasil", ponderou. "N�o queremos estar algemados (� Europa)."

Segundo Samantha, a expectativa � concluir as negocia��es at� o fim de 2014. Na opini�o da conselheira comercial da Embaixada da Hungria, Suzanna L�sl�, no entanto, as defini��es do acordo de livre-com�rcio n�o ser�o t�o f�ceis. "N�s (Europa) e Estados Unidos ainda estamos em lua de mel, ningu�m viu as reais dificuldades, ningu�m conheceu o ego um do outro", alertou.


Para Suzanna, por�m, alguma defini��o deve ocorrer at� o fim do mandato do presidente Obama. Ela destaca que a "esperan�a" � que esse acordo bilateral agrade tamb�m outros pa�ses e resulte na amplia��o dos parceiros da Uni�o Europeia.

O c�nsul-geral do M�xico, Jose Gerardo Traslosheros Hern�ndez, disse esperar que um futuro acordo bilateral entre EUA e UE n�o acabe com as parcerias multilaterais. "Os pa�ses v�o procurar novos est�mulos para o crescimento. Os acordos regionais n�o s�o o fim dos multilaterais. Tomara que seja para ajudar a concluir a Rodada Doha", afirmou.

O cientista pol�tico Heni Ozi Cukier, no entanto, acredita que a alian�a entre EUA e Europa � um resultado justamente do fracasso da Rodada Doha, ap�s 12 anos de negocia��o. "Ningu�m consegue chegar a consenso", afirmou. "Ent�o, acredito que a sa�da � ir em busca dos acordos bilaterais."

Para Cukier, um acordo dessa magnitude faria com que os EUA retomassem a agenda comercial global e daria maior legitimidade � Uni�o Europeia. "Inglaterra e Holanda, que olham de forma c�tica para o bloco, provavelmente mudariam sua postura", diz. Ele enfatiza ainda que o acordo for�aria o Brasil a focar seus esfor�os "onde as coisas est�o acontecendo". "O Pa�s fica priorizando com�rcio com vizinhos enquanto precisa pensar em seus interesses", afirmou, ressaltando que em sua opini�o "o Mercosul � um barco furado".

Ant�nio Lanzana, coordenador do Comit� de Assuntos Econ�micos da FecomercioSP, tamb�m refor�ou que o Brasil n�o pode ficar de fora deste movimento e precisa "entrar na onda liberalizante do com�rcio" mundial.


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