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Estado de Minas

Infla��o desacelera vendas no varejo

Vendas das lojas aumentam 1,6% em abril na compara��o com mesmo m�s de 2012, na menor expans�o desde 2003


postado em 14/06/2013 06:00 / atualizado em 14/06/2013 07:22

O com�rcio, que crescia a ritmo chin�s, come�a a decepcionar. Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) mostram que, com a infla��o em alta, a mobilidade social do pa�s, que agregou ao mercado de consumo 40 milh�es de brasileiros nos �ltimos 10 anos, se esgotou. O varejo registrou, na compara��o entre abril e igual m�s do ano passado, 1,6% de crescimento — resultado mais baixo para um m�s de abril desde 2003, quando houve recuo de 3,7% no volume de vendas. Frente a mar�o, o desempenho foi um avan�o de 0,5%, n�mero que a despeito de ser positivo frustrou o mercado, que esperava o dobro desse desempenho.

“Antes, havia a entrada de pessoas na classe m�dia. Eram pessoas que vinham com a demanda reprimida e consumiam muitos m�veis, eletrodom�sticos, inform�tica, celular e ve�culos. Outras pessoas j� tinham esses bens, mas queriam outros mais modernos”, observou Reinaldo Pereira, gerente da coordena��o de servi�os e com�rcio do IBGE. “S� que isso chega a um momento em que se esgota. O processo de troca de bens � muito mais lento. Al�m disso, estamos num per�odo em que a infla��o nos incomoda e tem tamb�m a inadimpl�ncia, que est� alta”, afirmou.

O pesquisador ponderou tamb�m que a tend�ncia � de o com�rcio desacelerar ainda mais nos pr�ximos meses, quando o setor ser� contaminado pela alta da taxa b�sica de juros (Selic) e do d�lar. “A valoriza��o do d�lar ter� um efeito inflacion�rio e implica��es nas vendas do com�rcio. Os pre�os aumentar�o, diminuindo o consumo”, disse Pereira. “Todos os produtos importados ficar�o mais caros. Mesmo os bens fabricados aqui, mas que t�m componentes importados, ficar�o com pre�os mais altos com a alta do d�lar”, explicou.

Efeito no balc�o

O empres�rio Adriano Boscatti, um dos propriet�rios da Papelaria Mixpel, j� sente os efeitos da mar� baixa. Al�m do esvaziamento da loja e sumi�o dos consumidores, ele se preocupa com os reajustes de pre�os feitos pelos fornecedores, que acabam sendo repassados. A infla��o em alguns produtos, segundo Boscatti, assusta os clientes, que j� est�o mais cautelosos para comprar. Entre eles, os brinquedos que foram reajustados em at� 10% pela ind�stria entre mar�o e abril. “O cliente v� que est� caro, entra na loja e compra menos”, revela o empres�rio, que reduziu os investimentos e tem trabalhado para diminuir custos operacionais esperando uma recupera��o do setor.

Para Joana Mour�o, propriet�ria da Equipage, entre as justificativas para a retra��o sentida pelo varejo est� a maior concorr�ncia dos produtos importados e o pre�o elevado dos produtos brasileiros em fun��o de uma alta carga tribut�ria. “Aqui temos qualidade, mas n�o temos pre�os competitivos”, diz. Para driblar o mau momento, a empres�ria tem investido em liquida��es antecipadas, al�m de mudar a estrat�gia de compras. “Nosso varejo � vol�til e estamos apostando em alternativas para minimizar os impactos.”


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