(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pr�via do PIB desacelera

Indicador do Banco Central mostra que pa�s cresceu 0,84% em abril, contra 1,07% em mar�o. Dado era esperado e refor�a aposta de crescimento econ�mico de 2,5% no ano


postado em 15/06/2013 06:00 / atualizado em 15/06/2013 07:21

A economia brasileira voltou a desacelerar. Segundo o �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br) — indicador que tenta prever o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) —, o pa�s cresceu 0,84% em abril. No m�s anterior o resultado havia sido mais forte, uma expans�o de 1,07%. Apesar da taxa menor, o dado veio como o esperado pelo mercado financeiro e, segundo analistas, refor�a as proje��es de que o pa�s crescer� ao redor de 2,5% em 2013. A preocupa��o do governo � evitar que tamb�m essa previs�o, j� inferior ao que era esperado no in�cio do ano, seja frustrada nos pr�ximos meses.

Al�m dos n�meros de investimento, que a despeito de alguma melhora no primeiro trimestre ainda est�o aqu�m do ideal, o consumo tamb�m se tornou motivo de preocupa��o. At� recentemente, as despesas das fam�lias, que eram consideradas um sustent�culo da economia e fator decisivo para evitar uma crise pior no Brasil, come�aram a esfriar. Com o comprometimento da renda e uma infla��o alta e persistente, o or�amento foi corro�do e se tornou cada vez mais apertado. O consumidor ficou seletivo quanto ao que levar para casa e at� mesmo os supermercados e hipermercados, que foram um s�mbolo de pujan�a, amargam resultados negativos. No ano, o volume de vendas do segmento segue estagnado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

“N�o teremos um consumo forte daqui para frente, as fam�lias n�o t�m mais condi��es de se endividar como antes”, avaliou Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor do BC. “O Brasil n�o tem potencial para crescer entre 3,5% e 4% por ano. Existe uma s�rie de fatores e falhas que precisamos solucionar para alcan�ar uma taxa dessas”, explicou.

O governo, ao menos do discurso, parece ter acertado no diagn�stico e tenta estimular investimentos e tornar o pa�s mais produtivo por meio de uma s�rie de programas, entre eles um de concess�o de rodovias e outro de portos. As melhorias dessas estruturas, que diminuiriam custos do setor produtivo, dariam al�vio a infla��o e permitiriam crescer mais, emperram, por�m, na burocracia p�blica e podem n�o sair este ano. Para S�lvio Campos Neto, economista da Tend�ncias Consultoria, o governo deixou crescer um ambiente de inseguran�a e falta de confian�a em fun��o da lentid�o para resolver problemas e com medidas consideradas intervencionistas. “Com isso, o investidor parou de acreditar no crescimento do pa�s”, disse.

Enquanto n�o se resolvem os n�s da economia, o governo tenta, com medidas paliativas, turbinar o PIB. Essas a��es, entretanto, n�o t�m refletido em n�meros melhores para o pa�s. De acordo com os dados da autoridade monet�ria, no acumulado do ano, o crescimento do pa�s at� abril ficou em 3,43% — um resultado que deve cair pelo menos um ponto percentual at� dezembro. Em 12 meses, a expans�o da economia, pelo IBC-Br, ficou em 1,66%.

Renda fixa


Al�m da economia desacelerando, o governo lida com um outro problema. A tradicional renda fixa tem assustado o brasileiro. Alguns t�tulos do Tesouro Nacional acumulam, no ano, perdas que chegam a quase 20%. Diante desse quadro, o governo enfrenta dificuldades para colocar pap�is no mercado e, nesta semana, foi obrigado a recomprar de investidores insatisfeitos para amenizar perdas e elevar a confian�a nos t�tulos p�blicos – pela primeira vez em cinco anos.
Com a perspectiva de eleva��o da taxa b�sica de juros, que atualmente est� em 8% ao ano mas pode chegar a 9,5%, o mercado n�o quer saber de t�tulos pr�-fixados. O problema � que o Tesouro precisa refinanciar R$ 218,3 bilh�es ainda este ano.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)