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Estado de Minas

Empresa do ABC vai exportar carro esportivo aos EUA


postado em 16/06/2013 16:31 / atualizado em 16/06/2013 16:44

A Sigma Sport Car, uma micromontadora de Santo Andr�, no ABC paulista, conseguiu o que grandes multinacionais que atuam no Pa�s sonham: exportar ve�culos para os Estados Unidos, segundo maior mercado automotivo mundial, depois da China. A empresa j� tem contrato para exportar pelo menos 375 unidades do esportivo Sigma, carro desenvolvido e produzido artesanalmente pelos irm�os Luiz e Ricardo Rodrigues da Silva. No Brasil, h� apenas sete unidades do fora de s�rie, que custa entre R$ 180 mil e R$ 260 mil, dependendo das especifica��es.

As 100 primeiras unidades ser�o exportadas em 2014. Outras 125 seguem no ano seguinte e 150 em 2016. Os ve�culos ser�o enviados aos Estados Unidos em forma de CKD (desmontados).

A encomenda foi feita pela empresa americana de consultoria CVI, representante de um grupo de investidores que tamb�m atua no segmento de carros el�tricos. O grupo estuda uma parceria com a Sigma para, futuramente, produzir o esportivo nos EUA, em raz�o de custos menores.

Segundo Ricardo, o grupo viu de perto o projeto brasileiro em 2011, no Sema Show, maior evento mundial de carros especiais (r�plicas, customizados, tunados) que ocorre anualmente em Las Vegas. "Tr�s empresas se interessaram, mas escolhemos a CVI", diz.

Cada carro leva em m�dia cinco meses para ser montado, de forma totalmente artesanal e com boa parte das pe�as produzidas pela pr�pria Sigma. Para dar conta do novo contrato, Ricardo alterou o processo produtivo e a capacidade passar� a 10 ve�culos por m�s.

Ele busca agora uma �rea maior para a linha de produ��o, no interior de S�o Paulo, pois o galp�o de Santo Andr� n�o comporta a expans�o. A partir de agosto, ele tamb�m vai ampliar o quadro atual de 9 para 70 a 80 funcion�rios. Al�m de produzir o Sigma, a empresa presta servi�os de customiza��o para terceiros.

O Sigma tem estilo dos chamados hot-rod - r�plicas de carros antigos modificados para alto desempenho. Seu visual � inspirado no Chevrolet 1934, mas tem chassi pr�prio, carroceria de fibra, espa�o para dois passageiros e motor V8 de 5,7 litros como o utilizado na Stock Car. Motor e c�mbio s�o americanos (da General Motors).

O projeto nasceu h� sete anos. Os irm�os mant�m uma empresa de manuten��o e automa��o mec�nica, que operava com ociosidade na funilaria. Para ocupar a capacidade, decidiram unir um hobby � necessidade: produzir um carro pr�prio. Ricardo, que � desenhista projetista e piloto de carros de competi��o, criou o projeto.

O primeiro Sigma ficou pronto em 2009. Desde ent�o, chama a aten��o cada vez que � retirado da garagem. O ve�culo � licenciado como prot�tipo e pode circular pelas ruas, mas � nas pistas de aut�dromos que mostra sua for�a: acelera acima de 200 quil�metros por hora em segundos.

Mercado. Ricardo admite que o pre�o n�o � atrativo para o mercado brasileiro. A partir do pr�ximo ano, a produ��o est� voltada para o mercado americano, onde esse nicho vende cerca de 5 mil carros por ano. N�o h� n�meros de vendas no Brasil, mas n�o deve chegar a 200 unidades ao ano, conforme estimativa de Eduardo Bernasconi, diretor editorial da revista especializada Full Power.

Ele lembra que h� pelo menos quatro pequenas empresas atuando nesse ramo: Lobini, Chamonix, Guedala e Personal Parts, al�m das pessoas que montam seus pr�prios carros hot-rod, como o empres�rio Paulo Solti, presidente da Volvo Cars do Brasil (leia abaixo).

Solti acredita que, nos pr�ximos dez anos, a demanda por carros especiais vai crescer no Brasil e haver� uma ind�stria de customiza��o. "Primeiro houve o movimento do primeiro carro zero, depois as pessoas come�aram a comprar carros mais equipados e, mais recentemente, carros de luxo", diz o executivo. "No futuro, haver� o movimento daqueles que querem um carro por prazer, customizado, feito sob medida."

Hoje, � um neg�cio movido a paix�o. "Tenho necessidade de estar perto, de acompanhar todo o processo de montagem dos carros e fico triste quando chega o fim de semana, pois n�o vou estar na oficina", diz Ricardo, que tem 52 anos.


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