As indica��es do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, de que dever� reduzir o ritmo de ajuda monet�ria para a economia dos Estados Unidos fizeram o d�lar fechar acima de R$ 2,20 pela primeira vez em quatro anos. O d�lar comercial encerrou o dia em R$ 2,2205 para venda, com alta de 1,94% e na maior cota��o desde 27 de abril de 2009.
Durante boa parte desta quarta-feira, o c�mbio operou em queda, chegando a atingir R$ 2,1691 por volta das 15h, patamar m�nimo do dia. Logo depois, no entanto, saiu o comunicado da reuni�o do Fed, cujos diretores se encontraram ontem e hoje para discutir a situa��o da economia norte-americana. A cota��o ent�o inverteu a tend�ncia e subiu expressivamente no fim da tarde.
Em entrevista, o presidente do Fed, Ben Bernanke, declarou que, por enquanto, o Banco Central dos Estados Unidos pretende manter o ritmo de inje��o de d�lares na maior economia do mundo. Ele, no entanto, admitiu que, caso a situa��o do pa�s melhore nos pr�ximos meses, o Federal Reserve pode diminuir o ritmo de compras de ativos “mais para o fim deste ano”.
Por meio da compra de ativos, como t�tulos p�blicos, o Fed joga dinheiro no mercado e aumenta a quantidade de d�lares na economia mundial. Caso a ajuda monet�ria diminua, o volume de moeda norte-americana em circula��o cai, aumentando o pre�o do d�lar em todo o mundo.
Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os t�cnicos da pasta ainda est�o analisando o comunicado do Fed. Segundo ele, as turbul�ncias no c�mbio nas �ltimas semanas decorrem do fato de existirem d�vidas sobre a velocidade do ajuste monet�rio.
“A fala deles [dos diretores do Fed] � enigm�tica. N�o sei se confirmaram nem se deram o horizonte de qual ser� a velocidade [da retirada dos est�mulos monet�rios]. Ent�o, o cen�rio fica inst�vel, acarretando a desvaloriza��o das moedas de v�rios pa�ses”, declarou.
O ministro, no entanto, disse acreditar que esse processo � transit�rio. “Neste primeiro momento, observa-se maior volatilidade do d�lar, mas os mercados se reposicionam e depois se acalmam novamente”, disse. Mantega reiterou ainda que o Brasil est� preparado para lidar com a alta repentina da moeda norte-americana. “O Banco Central e a Fazenda estar�o atentos para evitar volatilidade excessiva. Temos muita bala na agulha para fazer isso. Temos muitas reservas [internacionais], muito d�lar em carteira”, acrescentou.