A infla��o avan�a sobre a m�dia salarial dos brasileiros. Enquanto o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,5% no acumulado dos �ltimos 12 meses, encerrados em maio, o rendimento real m�dio dos trabalhadores cresceu 1,4% entre maio de 2012 e o mesmo m�s de 2013, de R$ 1.838,20 para R$ 1.863,60. Esse �ltimo valor, quando levada em conta a compara��o m�s a m�s, representou a terceira queda consecutiva: R$ 1.877,61 em fevereiro, R$ 1.873,25 em mar�o e R$ 1.869,87 em abril. Os dados s�o da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
No caso da Grande BH, onde a infla��o oficial dos �ltimos 12 meses (6,96%) foi mais alta do que a nacional (6,5%), o valor m�dios dos contracheques, entre maio de 2013 e igual per�odo de 2012, aumentou 1,1%, abaixo do apurado pela m�dia brasileira, de R$ 1.826,78 para R$ 1.846,70.
Na capital mineira e cidades vizinhas, a taxa de desemprego ficou em 4,3%. Houve ligeira alta em rela��o a abril (4,2%), mas queda significativa no confronto com maio do ano passado (5,1%). J� no pa�s, o indicador permaneceu est�vel: 5,8% em maio de 2012, em abril e em maio deste ano. A sens�vel alta do indicador em BH e regi�o, de abril para maio, se deve a entrada de 3 mil pessoas na chamada popula��o economicamente ativa (PEA). Dessas, um ter�o n�o foi absorvido pelo mercado.
O coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que a estabilidade do desemprego em 5,8% no pa�s � sinal de falta de dinamismo da economia. A PME tamb�m mostrou que, entre abril e maio, a popula��o em idade ativa (com 10 anos ou mais) no pa�s cresceu 0,9% em rela��o a maio de 2012, para 42,7 milh�es de pessoas, num ritmo maior que a da popula��o ocupada, que subiu 0,2% na mesma compara��o, para 23 milh�es de trabalhadores. Com isso, o n�vel de ocupa��o ficou em 53,8% em maio, acima dos 53,6% de abril, mas abaixo dos 54,2% de maio do ano passado, numa clara desacelera��o do mercado.
“Isso n�o � positivo. Se a popula��o ativa continuar crescendo mais do que a popula��o ocupada, vai acontecer um d�ficit de postos de trabalho”, disse o economista. Na pr�tica, isso significa desemprego. Na avalia��o do economista s�nior do Esp�rito Santo Investment Bank (BES), Flavio Serrano, a situa��o � desconfort�vel porque o pleno emprego chegou ao limite e a situa��o econ�mica do pa�s, com crescimento baixo e infla��o alta, agrava o quadro.
