No ano de 2012, houve crescimento de 4,2% em d�lares das importa��es brasileiras em materiais de constru��o, somando US$ 4,8 bilh�es. J� as exporta��es cresceram 3,9%, para US$ 3,6 bilh�es. Os dados s�o do estudo Importa��es e Competitividade na Ind�stria Brasileira de Materiais de Constru��o, elaborado pela Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais para Constru��o Civil (Abramat) em parceria com a Funda��o Getulio Vargas (FGV).
Na avalia��o da Abramat, mesmo com o aumento das importa��es, houve uma desacelera��o se comparado ao desempenho de 2011, quando as compras de materiais estrangeiros cresceram acima de 16%. A participa��o das importa��es na oferta total de materiais de constru��o chegou a 13% no ano passado. No segmento de materiais el�tricos, as importa��es respondem por 56% da oferta local, enquanto no de vidros e produtos relacionados ultrapassou os 40% em 2012.
O estudo mostra que a import�ncia dos pa�ses de origem de materiais modificou-se nos �ltimos anos. Com rela��o � China, em 2009 o pa�s deteve 18,4% das opera��es, sendo que em 2012 essa parcela chegou a 26,7%. A mesma alta n�o foi observada em pa�ses mais desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha e Fran�a, que reduziram sua participa��o em detrimento de outras na��es emergentes, como Turquia e Coreia do Sul.
O estudo tamb�m mostra que as medidas de prote��o comercial adotadas pelo governo federal unidas � alta do c�mbio j� surtiram efeito. O setor de vidros e produtos relacionados ilustra bem isso. Enquanto em 2012 as importa��es recuaram 14%, o ano anterior apresentou crescimento de quase 45%. O mesmo mote de compara��o pode ser visto nas compras externas do setor el�trico, que em 2012 teve alta apenas 1,2%, enquanto em 2011 a eleva��o beirou 20%. J� no setor cer�mico as taxas de expans�o das importa��es foram de 63% em 2011 e -1,7% em 2012.
Dentro da balan�a comercial de exporta��es, a import�ncia relativa de v�rios mercados de destino demonstrou uma menor altera��o. As vendas externas brasileiras de materiais para constru��o est�o fortemente concentradas no continente americano, sendo os Estados Unidos respons�veis por 24% das opera��es. Na sequ�ncia, a Holanda responde por um total de 15,9%, Argentina, por 9,5%, enquanto a China det�m uma taxa inferior a 0,5%.
D�ficit na balan�a e alta do d�lar O ano de 2012 registrou um d�ficit do com�rcio exterior de materiais de constru��o na ordem de US$ 1,2 bilh�o, valor que indica uma alta de 5,3% frente a 2011. Essa piora aconteceu apesar da alta do d�lar. Descontada a infla��o interna e externa, a taxa de c�mbio obteve eleva��o de quase 9% entre dezembro de 2011 a dezembro de 2012.
Mesmo com a eleva��o do d�lar e o aumento do Imposto de Importa��o para alguns materiais, no primeiro quadrimestre de 2013 o d�ficit setorial se ampliou ainda mais (14,5%) na compara��o com igual per�odo do ano passado.
Produtividade Devido ao baixo crescimento e o acirramento da competi��o externa, a ind�stria de materiais de constru��o no Brasil enfrenta dificuldades para elevar sua produtividade, segundo a Abramat. No per�odo que compreende 2009 a 2012, a alta desse indicador foi de, em m�dia, 0,1%, enquanto em 2012 houve queda de 2,7%. Nos segmentos produtores de m�quinas e equipamentos para a constru��o, por exemplo, a diminui��o foi superior � marca dos 25%.
Na avalia��o da entidade, a an�lise entre os dados de produtividade e participa��o das importa��es na oferta total sugerem que o n�vel de competi��o externa se tornou excessivo e n�o tem contribu�do para a busca sustentada de competitividade por parte da ind�stria de materiais.