O aumento da arrecada��o e o pagamento de dividendos de estatais fizeram o super�vit prim�rio – economia para pagar os juros da d�vida p�blica – bater recorde em maio. Segundo n�meros divulgados h� pouco pelo Tesouro Nacional, o Governo Central – formado pelo Tesouro Nacional, pela Previd�ncia Social e pelo Banco Central – economizou R$ 5,957 bilh�es no m�s passado. O resultado � 233,7% maior que o registrado em maio de 2012 e recorde para o m�s.
No acumulado do ano, no entanto, o super�vit prim�rio continua menor que em 2012. De janeiro a maio, o super�vit prim�rio do Governo Central soma R$ 33,045 bilh�es, resultado 29,5% menor que no mesmo per�odo de 2012 e o pior desde 2010.
No m�s passado, a arrecada��o foi recorde. Por�m, o principal fator que impulsionou o resultado fiscal foi o pagamento de R$ 2,895 bilh�es de dividendos de estatais ao Tesouro Nacional, dos quais R$ 2,090 bilh�es vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e R$ 502,4 milh�es foram repassados pela Petrobras.
Os dividendos s�o a parcela do lucro que as empresas repassam aos acionistas. No caso das estatais federais, o Tesouro Nacional � o principal acionista e tem direito a receber os pagamentos das empresas. Neste ano, o Tesouro espera receber R$ 24 bilh�es em dividendos, contra R$ 29 bilh�es transferidos em 2012.
Em rela��o �s despesas, os gastos de custeio – manuten��o da m�quina p�blica – voltaram a acelerar em maio. Nos cinco primeiros meses do ano, esse tipo de despesa cresceu 23,6% na compara��o com o mesmo per�odo de 2012. At� abril, o crescimento acumulado correspondia a 22%.
Os investimentos, que correspondem aos gastos com obras p�blicas e compras de equipamentos, desaceleraram. De janeiro a maio, os investimentos totalizaram R$ 26,849 bilh�es, valor apenas 2,3% superior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado. At� abril, o crescimento acumulado somava 8,8%. Por causa do pagamento de R$ 2,8 bilh�es de precat�rios (d�vidas de senten�as judiciais), as despesas com o funcionalismo p�blico aceleraram em maio, com crescimento de 7,1% nos cinco primeiros meses do ano.
Os gastos com o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) tamb�m desaceleraram. De janeiro a maio, as despesas com o programa somaram R$ 18,2 bilh�es, alta de 15,7% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. O crescimento somava 22,8% at� abril.