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Estado de Minas

Argentina suspende venda de trigo para o Brasil


postado em 26/06/2013 07:26 / atualizado em 26/06/2013 07:31

Com entressafra, preço do pãozinho francês já subiu 5,56% desde janeiro(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Com entressafra, pre�o do p�ozinho franc�s j� subiu 5,56% desde janeiro (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Com os fatores clim�ticos desfavor�veis ao plantio de trigo e consequente redu��o na �rea plantada, o governo argentino suspendeu as exporta��es do produto, temendo o desabastecimento interno. Na ponta do l�pis, o Brasil � o maior sofredor, j� que importa anualmente da Argentina 4,5 milh�es de toneladas do gr�o, o que representa 80% das exporta��es argentinas. Na opini�o dos especialistas do setor, a melhor estrat�gia para combater o problema � buscar outros mercados, ainda que com pre�o mais caro, o que pode afetar o valor de p�es e massas. De janeiro at� junho, o pre�o do p�o de sal subiu 5,56%, segundo pesquisa do site Mercado Mineiro.

Para que n�o falte parte dos 10,5 milh�es de toneladas de trigo necess�rias para o abastecimento do pa�s por ano, segundo dados do Minist�rio da Agricultura, o governo precisa investir em pol�ticas de incentivo para o plantio do gr�o em solo nacional, dizem os analistas. O Brasil importa o produto tamb�m do Paraguai, Uruguai e Canad�.

A suspens�o das exporta��es do trigo argentino j� era esperada pelo mercado, segundo o presidente do Sindicato dos Moinhos de Trigo do Estado de Minas Gerais, Lincoln Fernandes. De acordo com ele, o movimento � normal, j� que o per�odo � de entressafra. “Eles suspendem a exporta��o para avaliar o estoque real do pa�s. Depois analisam a sobra e retomam o com�rcio externo”, explicou. Ainda de acordo com Fernandes, os pre�os para o consumidor variam de acordo com o estoque mundial, mas o mercado brasileiro permanece est�vel. “Embora este seja um ano at�pico, com escassez, o pa�s j� tomou atitude de buscar o trigo americano, canadense e o do Leste europeu. Com isso o fluxo normal de trigo j� est� estabelecido”, garantiu.

Entressafra
Cl�udia de Mori, economista da Embrapa, acredita que tanto no Brasil quanto em outros pa�ses o per�odo � cr�tico com pre�os altos devido a entressafra e estoques pequenos. Mas para ela, isso n�o deve se refletir no bolso do consumidor. “A grande maioria das empresas sabem desse movimento e fazem seus estoques, as compras nunca s�o para amanh�, o estoque � para at� 6 meses, h� uma programa��o”, garantiu. No entanto, ela afirmou que o pa�s pode sofrer com a aus�ncia do trigo argentino pelo fato de o governo vizinho controlar a demanda interna dando ou n�o permiss�es de exporta��o. “Al�m disso, a tributa��o da exporta��o fica retida e essa taxa tem aumentado, fazendo com que os produtores fiquem desestimulados.”

Ela destacou ainda que o impacto dos problemas causados pelo clima gerou uma queda na colheita na Argentina, de 14 milh�es de toneladas para 9 milh�es. “Lembrando que o consumo dos argentinos � de 6,5 milh�es”, ressaltou. Cl�udia diz que as expectativas de uma nova safra, embora apresentem um desenho positivo, ainda s�o de incertezas. “Olhando para a frente, aumentamos a �rea de plantio, no mundo, de 215 milh�es de hectares para 223 milh�es, crescimento de 2% a 3%, e as expectativas s�o de 695 milh�es de toneladas para a safra 2013/2014”, previu.

J� na opini�o do agr�nomo Ata�des Jacobsen, da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural (Emater), o desabastecimento de trigo est� descartado, mas os pre�os do gr�o e de seus derivados devem subir ainda mais. “Caso o governo entenda que a insen��o dos impostos, que hoje � 10%, s�o importante, os efeitos colaterais da infla��o podem ser amenizados, mas n�o descartados”, afirmou.


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