As manifesta��es que o Brasil tem vivido h� cerca de duas semanas, em plena Copa das Confedera��es, causam receios para o setor de turismo que, nos �ltimos anos, se preparou para receber um dos maiores eventos esportivos: a Copa do Mundo. "O turismo � uma atividade econ�mica da paz, que gosta de sossego e tranquilidade", afirmou Ant�nio Azevedo, presidente da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav).
Segundo Azevedo, no mercado interno n�o houve impacto direto e os turistas continuam fazendo suas viagens "normalmente". No exterior, na avalia��o dele, h� um leve reflexo com preocupa��es mas ainda sem registro de cancelamentos devido aos protestos. "Alguns sites internacionais e at� alguns governos, como o da Espanha, come�am a alertar seus cidad�os para tomar cuidado em viagens para o Brasil. H� at� aqueles que recomendam o cancelamento", afirmou, sem mencionar os sites.
De acordo com a assessoria do Minist�rio do Turismo, os principais destinos tur�sticos do mundo passaram por manifesta��es leg�timas de um processo democr�tico. "Antes de interferir na imagem do Brasil turisticamente, esperamos que as manifesta��es que o Pa�s vive sejam encaradas como o amadurecimento da democracia brasileira internacionalmente", disse a Pasta, em nota.
No entanto, a dissemina��o das informa��es com rapidez, via internet e redes sociais, amplia o temor de que caso manifesta��es tomem propor��es ainda maiores possam resultar no adiamento de visitas. "A pessoa que viaja n�o pretende se incomodar. Se come�ar a ver que h� a��es s�rias, que impedem circula��o e outros problemas, � sempre preocupante", disse o presidente da Abav.
Azevedo relatou que as ag�ncias brasileiras verificaram cancelamentos por protestos fora do Pa�s. "As manifesta��es na Turquia fizeram os turistas brasileiros mudar os roteiros de viagem ou at� cancelar", comentou, ressaltando que n�o existe um levantamento oficial. "N�o � muito significativo, deve ser algo em torno de 10% de rescis�es."
A Associa��o Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) informou que tamb�m n�o possui dados sobre cancelamentos e que ainda n�o registra "nada significativo" nas atividades por conta das manifesta��es. "As pessoas podem at� cogitar, ficam apreensivas para saber como est� o Pa�s, mas n�o h� nada de concreto", afirmou, por meio de sua assessoria.
O presidente da Abav disse que a entidade mant�m a expectativa de receber 600 mil turistas estrangeiros na Copa do Mundo de 2014. "Se o Pa�s conseguir superar esse momento, que as propostas (do governo) se tornem efetivas e n�o apenas discurso, � poss�vel que a gente consiga melhorar a imagem do Brasil e aproveitar ainda mais", previu.