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Estado de Minas

Mantega promete, mas discurso gera desconfian�a

Ministro da Fazenda afirma que h� dinheiro para atender reivindica��es das ruas, mas gasto com a m�quina aumenta 23,5% no ano, enquanto investimentos sobem apenas 2,3%


postado em 27/06/2013 00:12 / atualizado em 27/06/2013 07:33

"Continuaremos fazendo corte de custeio para que as metas fiscais sejam atingidas e deixar espa�o para os investimentos" (foto: ZECA RIBEIRO/C�MARA DOS DEPUTADOS)
Bras�lia – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo tem condi��es de atender os pleitos que v�m das ruas. Ele afirmou que o Executivo far� investimentos em todo o pa�s, mas tamb�m conseguir� cortar despesas de custeio para cumprir o super�vit prim�rio de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e atingir as metas fiscais. Apesar das promessas, os n�meros do Tesouro Nacional mostram que n�o ser� f�cil fechar essa conta.

A contabilidade do governo ter� de levar em considera��o que enquanto os investimentos cresceram apenas 2,3% de janeiro a maio deste ano, com apenas R$ 26,8 bilh�es, as despesas com o custeio da m�quina p�blica aumentaram 23,5%, 10 vezes mais, acumulando R$ 72 bilh�es. O descompasso entre o discurso de Mantega e os n�meros do Tesouro ficou claro pelo bombarbeio de cr�ticas que recebeu dos parlamentares de oposi��o durante uma audi�ncia p�blica ontem na C�mara dos Deputados.

Somente nos cinco primeiros meses do ano a economia do governo central para o pagamento de juros da d�vida caiu 29,5% comparado ao mesmo per�odo do ano passado e fechou maio com um saldo de R$ 33 bilh�es. Ou seja, o esfor�o do poder p�blico para fazer essa poupan�a teria de ser muito mais agressivo nos pr�ximos meses. “Continuaremos fazendo corte de custeio para que as metas fiscais sejam atingidas e deixar espa�o para os investimentos” disse o ministro.

Infla��o A principal cobran�a feita pelos parlamentares de oposi��o foi relacionada ao aumento de pre�os dos produtos, sobretudo dos alimentos. Todos eles reclamaram que o governo abriu m�o do controle inflacion�rio. Os oposicionistas tamb�m discordaram das desonera��es excessivas que n�o se traduziram em crescimento econ�mico, da postura do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) de emprestar para poucas empresas e eleger campe�es nacionais e do aumento do endividamento do pa�s.

“N�o � verdade que o Brasil � um dos pa�ses mais endividados. O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) est� analisando a metodologia de c�lculo. Nossa d�vida continua caindo e temos reservas", defendeu Mantega quando foi questionado sobre n�meros do organismo multilateral referentes � composi��o da d�vida brasileira.

Bate-boca  O momento mais tenso foi protagonizado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que atribuiu ao chefe da Fazenda e � presidente Dilma Rousseff uma suposta culpa pela crise de confian�a que assola o pa�s. “H� uma crise de confian�a e ela se chama Guido Mantega e equipe econ�mica. Se voc� trabalhasse no setor privado seria demitido”, disse Maia.

O ministro rebateu as cr�ticas dizendo que durante sua gest�o a infla��o sempre ficou dentro do limite superior previsto no regime de metas. Ele justificou que n�o existe manipula��o das contas p�blicas e que todas as opera��es do Tesouro s�o feitas dentro da legalidade e publicadas no Di�rio Oficial da Uni�o. Mantega ainda afirmou que o desempenho ruim do PIB � reflexo da crise internacional e ironizou a cr�tica de Maia. “O deputado Rodrigo Maia ignora a crise. Eu gostaria que n�o tivesse crise. Esse � o mundo do deputado. Se o governo fosse seguir a cartilha que a oposi��o prega, a economia brasileira j� teria naufragado”, esbravejou.


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