A taxa de 0,75% do �ndice Geral de Pre�os-Mercado (IGP-M) de junho, ante 0,66% em maio, � a maior desde setembro, quando a varia��o fora de 0,97%, afirmou nesta quinta-feira o superintendente adjunto de Infla��o do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Salom�o Quadros. "Foi o �ltimo m�s em que houve press�es das commodities", disse, ao se referir ao avan�o dos pre�os das mat�rias-primas em 2012, em raz�o das perdas da safra de gr�os dos Estados Unidos.
Quadros disse que a alta recente do d�lar teve efeito por enquanto residual no IGP-M de junho. "O c�mbio est� chegando ao IGP-M pelo IPA (�ndice de Pre�os por Atacado), mas boa parte da alta (�ndice cheio) veio da soja (de 3,11% para 11,38%). H� casos pontuais, mas ainda n�o t�m uma representatividade num�rica muito grande", afirmou.
Isso porque, disse, o aumento nos pre�os da soja estaria mais associado a uma eventual perspectiva que se criou - ainda que momentaneamente - em rela��o � safra de gr�os deste ano nos EUA. Ele, contudo, declarou que o mercado futuro j� indica que a colheita poder� ser boa, pois os pre�os dos gr�os desaceleram.
A expectativa de Quadros � de que os pre�os diminuam o ritmo de alta no �mbito do IGP-M e permitam taxa menor em julho. O superintendente adjunto de Infla��o do Ibre, contudo, n�o divulgou a proje��o para o �ndice de julho. "Mesmo que tenha um pouco mais de c�mbio, n�o deve se comparar ao efeito (da alta) da soja", estimou.