O c�mbio oficial na Argentina manteve tend�ncia de desvaloriza��o gradual em torno de 0,19% e fechou a 5,33 pesos para a compra e 5,385 para venda nesta quinta-feira. O paralelo, por sua vez, se mant�m "congelado" em 8 pesos (venda) e 8,05 (compra), com poucos neg�cios entre os pequenos doleiros. Os grandes mantiveram as opera��es paralisadas, a pedido do governo. A estrat�gia oficial � "segurar" as transa��es do paralelo at� a entrada em circula��o do Certificado de Dep�sito para Investimento (Cedin), na pr�xima segunda-feira, 01. Enquanto o governo tenta controlar o mercado paralelo, as reservas mantiveram trajet�ria de queda e atingiram o menor valor desde 20 de abril de 2007.
Influenciada pela sa�da de divisas e pelo retrocesso da cota��o do ouro, que tem um peso em torno de 7% em sua composi��o, as reservas argentinas recuaram a US$ 37,8 bilh�es, segundo os �ltimos dados do Banco Central, relativos � ter�a-feira, 25, e divulgados ontem, 26. Hoje, o BC comprou US$ 40 milh�es no mercado, mas o volume n�o compensaria a nova queda do ouro, verificada durante o dia. No �ltimo levantamento da autoridade monet�ria, esta vari�vel havia provocado uma perda de US$ 150 milh�es no volume total das reservas.
As proje��es indicam que, ao final de 2013, as reservas chegariam a US$ 35 bilh�es, mesmo n�vel verificado em 2 de mar�o de 2007. Desde outubro de 2011, quando o governo iniciou uma s�rie de medidas de controles do c�mbio, as reservas retrocederam mais de US$ 9 bilh�es. No mesmo per�odo, o Brasil aumentou suas reservas em 19%, o Uruguai, 74%; Peru, 47%; e o Chile, 27%, segundo recente compara��o feita pela consultoria Economia & Regiones.
O mercado estima que, a exemplo do que ocorreu naquele ano, ap�s a reelei��o de Cristina Kirchner, a moeda vai disparar depois das elei��es parlamentares de outubro pr�ximo
Cedin
A grande expectativa do governo � o Cedin, instrumento principal da estrat�gia oficial para preservar as reservas necess�rias para pagar os servi�os da d�vida e garantir uma parte da base monet�ria. O Cedin � um dos dois instrumentos desenhados pela equipe econ�mica para tentar atrair d�lares fora do mercado formal, por meio de uma anistia fiscal que vai durar 90 dias. O pr�prio governo estima a exist�ncia de cerca de US$ 40 bilh�es guardados em caixas fortes dos bancos ou "debaixo do colch�o" e outros US$ 160 bilh�es depositados em contas no exterior. A expectativa oficial � de que o Cedin seja o novo �rbitro do mercado de c�mbio, o qual vai fixar um teto para a cota��o paralela da moeda, impedindo que ultrapasse os 10 pesos por unidade. Em maio, o paralelo chegou a tocar a casa dos 10,45 pesos.
O congelamento "tempor�rio" come�ou no dia 6 de junho, ap�s reuni�o do secret�rio de Com�rcio Interior, Guillermo Moreno, com os principais formadores do mercado paralelo na city portenha. Nesse per�odo, as opera��es foram realizadas apenas em alguns dias e com o valor na faixa de 7,90 a 8 pesos. Moreno pediu uma banda entre 6,50 a 7 pesos para o c�mbio paralelo.
Por�m, entre os doleiros informais, h� d�vidas de que esse valor possa ser atingido. "Pode at� ser, mas a tend�ncia � de que fique na faixa dos 8 pesos at� outubro, pelo menos", opinou um operador.
Ele explicou que "houve novas negocia��es, nos �ltimos dias, entre Moreno e as seis casas de c�mbio mais importantes para soltar d�lares, na pr�xima semana", suficientes para abastecer o mercado e evitar que o pre�o dispare justamente nos dias de estreia do Cedin.