O d�lar comercial foi a �nica aplica��o que superou a infla��o no primeiro semestre. A alta da moeda americana foi de 9,10%. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - uma pr�via da infla��o oficial do Pa�s - acumula alta de 3,45% no per�odo. O IPCA fechado de junho ser� divulgado na sexta-feira, 05/07, pelo IBGE.
A moeda americana tamb�m teve o maior avan�o para o primeiro semestre desde 2002, quando subiu 21,76%. Neste ano, a alta tem sido impactada principalmente pela sinaliza��o do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de retirar os est�mulos da economia j� neste ano.
O segundo melhor investimento do semestre foi a poupan�a antiga, cujo rendimento ao m�s � garantido em 0,5% mais a varia��o da Taxa Referencial (TR). A aplica��o rendeu 3,04%, abaixo, portanto, do IPCA-15. Em seguida ficaram os fundos DI e o CDB. “As aplica��es a juros em geral continuam ruins mesmo com o Banco Central subindo a Selic. Quando o investidor tira taxa de administra��o e Imposto de Renda, o rendimento fica pr�ximo de zero ou negativo”, disse Fabio Colombo, administrador de investimentos. “A vida do investidor nas aplica��es a juros continuar� dif�cil.”
A �ltima posi��o do ranking de investimento foi ocupada pela Bovespa. O �ndice da Bolsa de Valores de S�o Paulo (Ibovespa) recuou 22,14% nos primeiros seis meses do ano - somente em junho a queda foi de 11,31%. Segundo analistas, a forte queda da Bolsa pode trazer uma boa oportunidade para o investidor que deseja diversificar a carteira. “Estamos vivendo um evento raro. E, se nada de pior acontecer, pode ser uma oportunidade para comprar ativos baratos”, disse Michael Viriato, professor do Insper.
O ouro tamb�m acumula forte queda. No semestre, o recuo � de 19 27%. Em junho, o tombo foi de 6,55%. Esse ativo n�o paga rendimentos, e o investidor aposta no ouro quando os juros est�o baixos. “Agora, como os juros tendem a subir, o investidor vende o ouro e ‘compra’ juros”, disse Viriato.
Diversifica��o
Para os analistas, a turbul�ncia do mercado nesse primeiro semestre mostrou a import�ncia de o investidor fazer a diversifica��o dos seus investimentos. “Quem tinha uma diversifica��o por classe de ativos sofreu menos”, disse Richard Ziliotto, s�cio-fundador da Taler, empresa de gest�o de patrim�nio. “� preciso olhar os ativos financeiros e o mercado real, como im�veis.”
A diversifica��o da carteira depende do apetite pelo risco e do objetivo do investidor. Diante do cen�rio atual, Beto Domenici, diretor de Multi-Assets & Portf�lios da Rio Bravo, sugere a��es, pap�is de renda de fixa - como prefixados e t�tulos indexados � infla��o - e uma parcela nos fundos multimercados. “Os multimercados t�m a oportunidade de operar juros, d�lar e commodities.”