(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LUZ AMARELA PARA O CONSUMO

Infla��o, d�lar inst�vel e endividamento obrigam fam�lias a mudar h�bitos de consumo

Especialistas recomendam cautela e muita pesquisa de pre�o


postado em 30/06/2013 06:00 / atualizado em 30/06/2013 07:44

(foto: Paulinho Miranda / Arte)
(foto: Paulinho Miranda / Arte)
A insistente alta de pre�os deu sobrevida aos clich�s consagrados durante a hiperinfla��o dos anos 1980. Os brasileiros voltaram a perder o sono fazendo contas ou pensando nelas. A renda, embora mais elevada, deixou de ser suficiente para arcar com os mesmos compromissos de antes. H�bitos de consumo precisaram ser revistos. O sup�rfluo aceit�vel virou luxo. E planos, muito a contragosto, tiveram de ser adiados. A infla��o freou o embalo das fam�lias.


Enquanto os porta-vozes da pol�tica econ�mica tentam tranquilizar a popula��o, as prateleiras dos supermercados testemunham mudan�as de h�bito. N�o se trata mais de pessimismo ou otimismo: o avan�o dos pre�os j� alterou o or�amento e a �nsia de consumo do brasileiro. "Estamos trabalhando (para diminuir a infla��o). Se vai ter resultado, o futuro vai dizer", disse, na �ltima semana, o diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Carlos Hamilton Ara�jo.


Os brasileiros j� devem aos bancos o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a autoridade monet�ria. Mais de 60% das fam�lias est�o endividadas. A inadimpl�ncia parou de cair, sustentando um patamar de 7,5%. Os juros subindo, para tentar conter a infla��o, devem encarecer os empr�stimos ao consumidor. E o d�lar vol�til ainda pode piorar a situa��o. Diante desse cen�rio, a receita � continuar alerta.


A facilidade e a abund�ncia de cr�dito nos �ltimos anos, avaliam os especialistas, acabaram incentivando um consumo irrespons�vel, que agora tem de ser revisto. "� hora de cautela e conservadorismo. � importante que as pessoas entendam o momento fr�gil pelo qual passa a economia brasileira", comenta o economista-chefe da Gap Asset Management, Alexandre Maia, que acrescenta a piora na gera��o de vagas de emprego como mais um ponto de afli��o.


O Banco Central garante que os pre�os voltar�o a cair no segundo semestre. O economista-chefe do Banco Esp�rito Santo no Brasil, Jankiel Santos, n�o recomenda aos brasileiros acreditar nesse discurso. "Acho bom ter cuidado", diz ele. "Estamos h� meses com infla��o alta. O consumidor tem de ser mais seletivo na hora de comprar. A alta de juros n�o vai fazer efeito de imediato", emenda o economista do Ita� Unibanco Caio Megale.


A instabilidade da economia levou a assistente financeira Andrea Rauen Dutra, 46 anos, a mudar de h�bitos. "Nunca parcelei alimenta��o. Mas, com essa alta de pre�os, tenho dividido as compras em duas vezes", conta ela, garantindo pagar a fatura do cart�o de cr�dito integralmente. Para driblar a carestia, ela substituiu produtos e at� deixou de levar alguns para casa. "J� n�o compramos tanto refrigerante e come�amos a trocar suco por ch�", explica.


No planejamento financeiro da casa, Andrea tem feito de tudo para diminuir os gastos. "Vou mudar o plano do meu celular e o do meu filho para pr�-pago", adianta ela, acrescentando que a infla��o contribuiu para a mudan�a de outros costumes. "J� n�o como tanto em restaurantes. Para o almo�o, tento sempre levar comida para o trabalho", relata. "Tamb�m deixei de comprar pe�as de vestu�rio ou itens para a casa."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)