
A primeira dessas mudan�as ser� acabar com a exclusividade na utiliza��o dos espa�os comuns dos aeroportos pelas empresas a�reas. Por determina��o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), os tr�s terminais ter�o de realizar, j� a partir de julho, uma esp�cie de rod�zio das �reas comuns usadas para o embarque, confirma��o de reserva e entrega de bagagens de passageiros. Hoje, esses locais s�o compartilhados de forma que as maiores companhias a�reas ficam sempre com mais posi��es do que as concorrentes de menor porte.
Com a nova regra, o que vai determinar a utiliza��o desses espa�os ser� a demanda di�ria de passageiros, e n�o mais o tamanho da companhia a�rea. A altera��o pretende adequar os terminais brasileiros ao modelo de gest�o que j� � adotado nos principais terminais do mundo. Na pr�tica, diz o diretor de Tecnologia da Informa��o do aeroporto de Guarulhos, Luiz Eduardo Ritzmann, “vai haver mais op��es de check-in, de bag drop (local para entrega das bagagens) e totens de auto-atendimento para o viajante, que poder� acessar, em um �nico terminal, todos os voos das companhias que operam na cidade dele”, explica.
Aviso
Na B�lgica, onde participou de um semin�rio sobre investimentos de tecnologia em neg�cios da avia��o civil, o executivo adiantou ao Estado de Minas que as companhias a�reas j� foram informadas das mudan�as. Em 30 dias, ele disse, elas j� dever�o revezar os espa�os internos com as concorrentes em fun��o da demanda de voos.
Ainda que positiva, a altera��o n�o dever� resolver de imediato o problema das longas filas. “Compartilhar os espa�os vai aumentar a oferta de servi�os para o passageiro, mas n�o a ponto de solucionar o descompasso que existe hoje entre oferta e demanda na avia��o comercial”, diz Ritzmann. Ele explica que o terminal de Guarulhos, o maior do pa�s, atende hoje cerca de 35 milh�es de passageiros por ano, quando a capacidade dispon�vel � de 20 milh�es. “Estamos no limite”, revela.
Para solucionar o problema, a concession�ria que administra o aeroporto avisou que est� em fase adiantada de obras para constru��o de um novo terminal, que deve ser entregue em abril de 2014. As obras e adequa��es nos terminais s�o parte do esfor�o que o governo tem feito para aproximar a gest�o dos aeroportos brasileiros �s pr�ticas j� adotadas nos melhores terminais do mundo, mas as altera��es propostas n�o ficar�o restritas � estrutura f�sica desses espa�os. Reservadamente, as concession�rias dizem que a maior mudan�a que est�o colocando em curso � promover um choque de gest�o, reduzindo desperd�cios e gerindo melhor os recursos j� dispon�veis.
* O rep�rter viajou a convite da empresa Sita