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Estado de Minas FAXINA LIMPA CASA E BOLSO DO PATR�O

Pre�o cobrado por diaristas em Belo Horizonte avan�a mais de 8% em seis meses

Alta do valor supera alta da infla��o oficial do pa�s


postado em 30/06/2013 06:00 / atualizado em 30/06/2013 07:22

Raimunda Damasio é diarista há 12 anos e está com a agenda cheia:
Raimunda Damasio � diarista h� 12 anos e est� com a agenda cheia: "Todo dia algu�m me liga" (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Desde os primeiros an�ncios sobre a Lei das Dom�sticas, que ampliou os direitos e aumentou os custos na contrata��o dessas trabalhadoras, a demanda por diaristas tem crescido. Tanto que os pre�os cobrados para a execu��o do servi�o subiram. De acordo com dados do site Mercado Mineiro, que pesquisou 15 profissionais/empresas, o pre�o m�dio da di�ria saltou de R$ 88,93 em janeiro para R$ 96,79 em junho, ficando 8,84% maior. Em seis meses, a alta superou a infla��o oficial do pa�s dos �ltimos 12 meses at� maio, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que � de 6,5%


Outro destaque da pesquisa, que considerou a faxina para um apartamento de tr�s quartos no Bairro Belvedere, foi a varia��o de 22,22% nos pre�os cobrados pelas diaristas. O menor pre�o de di�ria encontrado foi de R$ 90 e o maior de R$ 110, valores que n�o consideram o transporte e alimenta��o. Feliciano Abreu, diretor-executivo do Mercado Mineiro, garante que este � um mercado que sempre esteve acima da infla��o e deve permanecer assim. “Como a quantidade de diaristas no mercado n�o � grande, porque muitas optam por trabalhar em outras �reas ao longo do tempo, o mercado fica inflacionado”, diz.


Ainda de acordo com Abreu, embora a tend�ncia seja de aumento dos pre�os em fun��o da demanda, com a Lei das Dom�sticas muitas profissionais poder�o migrar para as di�rias, o que poder� criar uma concorr�ncia maior e queda nos valores cobrados. “At� que isso aconte�a, a sugest�o � para que os empregadores pesquisem os pre�os, mas tamb�m combinem o servi�o a ser prestado e os valores.”


Diarista h� 12 anos, Raimunda de Oliveira Lopes Damasio cobra R$ 90 por dia e comemora a agenda cheia. “Todo dia algu�m me liga, mas tenho servi�o de segunda a sexta. S�bado e domingo eu tiro para meu descanso”, conta. De acordo com ela, o bom momento pode ser justificado pela valoriza��o da categoria, depois da regulamenta��o das dom�sticas. “As pessoas n�o querem mais ter o v�nculo. Ter diarista virou vantagem”, garante. No entanto, ela refor�a que o trabalho � pesado e cansativo. “Somos aut�nomas. Se n�o trabalhamos um dia, n�o recebemos. Fora isso, fazemos o trabalho que uma empregada faz em uma semana em um dia”, declara.


A passadeira Vera L�cia Fernandes, que tem duas clientes fixas, reajustou o pre�o na �ltima semana e agora cobra R$ 110 por oito horas de trabalho, incluindo almo�o e transporte. “Embora a procura seja maior para faxineira, tamb�m me ligam muito porque � dif�cil encontrar passadeiras. Eu, por exemplo, sou especialista em passar camisa social”, anuncia. “Acho que o servi�o acabou valendo mais porque as trabalhadoras dom�sticas est�o sendo mais respeitadas”, refor�a.

AJUSTE DE CUSTOS O s�cio-propriet�rio da ag�ncia Lar Feliz, Alexandre Rocha, que oferece profissionais pelo pre�o m�dio de R$ 100 por servi�o, afirma que n�o reajustou o pre�o, embora o setor tenha sentido uma demanda maior. “Existe muita gente no mercado, mas a maioria chega sem qualifica��o. As mais bem preparadas assumem os trabalhos com di�rias maiores”, justifica. Rocha garante ainda que o processo de troca de mensalistas por horistas continua. “ Uma casa que tinha duas funcion�rias agora tem uma faxineira e uma passadeira. Essa troca ajusta os custos das fam�lias”, afirma.

Empresas surfam na onda da demanda aquecida

Quem tamb�m se beneficia da demanda s�o as empresas especializadas. A rede americana de franquias Jan-Pro Servi�os de Limpeza, que chegou a BH no fim do ano passado, est� entre elas. A demanda � t�o alta, segundo o diretor de novos neg�cios, Renato Ticoulat, que em agosto a empresa lan�ar� uma franquia voltada apenas para o servi�o dom�stico. “Queremos atender mais profissionalmente esse mercado”, comenta. Impulsionada pelo mercado imobili�rio, hoje, por exemplo, a Jan-Pro faz a limpeza de 17 pr�dios, cada um com 98 moradias. “Cobramos o valor mensal de R$ 400 por apartamento, que inclui uma arruma��o b�sica e a troca do len�ol. Se a pessoa quiser uma limpeza mais profunda, cobramos R$ 110 � parte por mais quatro horas de trabalho”, conta.


Sem informar os pre�os cobrados, a rede portuguesa de franquias House Shine, que tem duas unidades em Belo Horizonte, afirmou que a nova Lei das Dom�sticas foi um marco importante para o setor, que registrou crescimento de mais de 30% desde ent�o. “Com a falta de profissionalismo neste setor, as mulheres que trabalham fora de casa encontram dificuldade de conseguir essa m�o de obra qualificada e que seja de credibilidade”, explica a diretora Lilian Esteves. Ela afirma que a procura por este tipo de servi�o � um reflexo do mercado atual. “� uma tend�ncia natural. Nos EUA e na Europa, por exemplo, este tipo de servi�o � bastante utilizado.”

 


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