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Estado de Minas

Mais escolarizados perdem 8% da renda em 10 anos


postado em 30/06/2013 10:18

O sal�rio m�dio mensal dos trabalhadores com mais anos de escolaridade recuou entre 2002 e 2011 no Brasil. A m�dia de sal�rio dos profissionais com 12 anos ou mais de estudo caiu 8% nesse per�odo, de R$ 3.057 para R$ 2.821. A varia��o j� desconta a infla��o do per�odo. Isso significa que o poder aquisitivo desse grupo caiu em 10 anos.

O recuo do sal�rio na faixa mais escolarizada ocorreu por diversos motivos. Foi influenciado pelo modelo de crescimento dos �ltimos anos passando at� pelo descompasso entre as profiss�es escolhidas pelos universit�rios e a demanda do mercado de trabalho.

Esse descompasso, ali�s, ficou mais evidente na �rea de humanas. "O sal�rio caiu mais na �rea de humanas, porque houve um aumento no n�mero de profissionais", afirmou Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Pol�ticas P�blicas do Insper e respons�vel pelo cruzamento do avan�o m�dio salarial com os anos de escolaridade. Os dados t�m como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad).

O setor mais educado tamb�m viu aumentar a concorr�ncia na �ltima d�cada. Os trabalhadores passaram mais tempo na escola, elevando a fatia dos brasileiros com ensino m�dio e superior em andamento ou conclu�do. Ou seja, houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. E muitos profissionais podem ter ingressado no n�vel mais elevado de escolaridade, mas com o mesmo sal�rio, o que reduz a m�dia de ganho da categoria. "Nos �ltimos anos, as pessoas ficaram mais tempo na escola e a oferta de profissionais com ensino m�dio e superior aumentou. O crescimento da escolaridade tamb�m foi impulsionado pelo aumento do n�mero de universidades privadas", disse Naercio.

Crescimento

J� a din�mica da economia brasileira, de impulsionar o setor de servi�os, fez com que a maior alta salarial fosse registrada entre os menos qualificados. Logo, cabeleireiros, manicures, pedreiros e jardineiros sentiram mais o ganho salarial. Na faixa dos profissionais com zero a quatro anos de estudo, por exemplo, o aumento m�dio foi de 32% no per�odo - o sal�rio pulou de R$ 566 para R$ 745. Para os menos escolarizados, tamb�m pesou a pol�tica de aumento real do sal�rio m�nimo dos �ltimos anos.

"De alguma forma, a economia cresceu na dire��o desses setores, o que acaba favorecendo alguns tipos de trabalhadores. Grande parte da melhora na base da pir�mide decorre de um aumento da demanda pelo trabalhador menos qualificado", afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista e pesquisador do Ibre. "N�o � � toa que o ex-presidente Lula ficou t�o popular. Ele introduziu na economia pessoas que, antes, n�o participavam dela."

Nas classes intermedi�rias, tamb�m houve comportamento distinto nesse per�odo em compara��o com a evolu��o da m�dia salarial por anos de estudo. Os trabalhadores com cinco a oito anos de escolaridade ganharam 21% mais (de R$ 741 para R$ 895) e os que t�m entre 9 a 11 anos de estudo viram o sal�rio crescer apenas 3%, de R$ 1.115 para R$ 1.147. A m�dia geral de alta foi de 22% nesses anos.

"O crescimento muito alto dos sal�rios dos menos qualificados � bom para reduzir a desigualdade", disse Naercio. "Mas o ideal seria que o sal�rio de todos os trabalhadores aumentasse e os dos menos qualificados aumentasse ainda mais."

Jovens

O recorte feito com os dados da Pnad levando em conta os anos de estudo mostra que os jovens est�o melhor do que os trabalhadores mais velhos. O aumento salarial dos trabalhadores de 17 a 24 anos foi de 33% entre 2002 e 2011, passando de R$ 580 para R$ 773. Para os trabalhadores com 25 a 50 anos, o aumento foi menor, de apenas 14% - de R$ 1.206 para R$ 1.376. "O mercado de trabalho est� favor�vel ao jovem. A taxa de desemprego diminui e o sal�rio real tem aumentado", afirmou Naercio. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

 


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