
"Ao tirar o petr�leo da conta, o desempenho do semestre seria positivo em US$ 8,9 bilh�es", explicou. A secret�ria ressaltou que as exporta��es de produtos b�sicos garantiram o super�vit no m�s, com US$ 10 bilh�es do total de US$ 21,2 bilh�es exportados pelo pa�s em junho, sendo que milho (186,4%), min�rio de cobre (57%) e soja (34%) foram os itens que mais se destacaram. "Mas esses produtos est�o com os pre�os em queda no mercado internacional e isso � preocupante", alertou.
As importa��es somaram US$ 18,8 bilh�es em junho. No acumulado, a cifra de US$ 117,516 bilh�es � recorde entre janeiro e junho, 8,4% a mais do que em igual per�odo de 2012. J� as exporta��es somaram US$ 114,516 bilh�es no per�odo, queda de 0,7%.
As exporta��es de petr�leo do Brasil ca�ram 38,9% no ano em rela��o ao primeiro semestre de 2012. Parte da explica��o do MDIC � que houve queda na produ��o da Petrobras por causa de manuten��o de plataformas, que devem voltar a operar no segundo semestre, e tamb�m porque a demanda por petr�leo pelas refinarias do pa�s aumentou para dar conta do consumo interno. Os n�meros, contudo, revelam que os EUA deixaram de importar petr�leo do Brasil e a queda � de quase 60% no primeiro semestre deste ano (58,3%) na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado.
Manobras
Na avalia��o do economista s�nior do Esp�rito Santo Investment Bank (BES), Flavio Serrano, o fluxo de importa��o de petr�leo do Brasil tem impacto no d�ficit brasileiro. "A importa��o de petr�leo pela Petrobras feita no ano passado foi contabilizada este ano. Mais uma dessas manobras cont�beis que o governo gosta de fazer. Isso influenciou os n�meros negativos. Mas pode estar se normalizando agora. Porque surpreende o dado de importa��es mais fracas em junho", analisou.
Mesmo com a melhora do desempenho nos �ltimos dois meses, a balan�a comercial brasileira deve apresentar em 2013 um dos piores resultados dos �ltimos anos, influenciado tamb�m pelo com�rcio internacional enfraquecido e pela queda no pre�o das commodities.
O Banco Central reduziu para US$ 7 bilh�es a previs�o de super�vit, menos da metade da proje��o anterior de US$ 15 bilh�es. Tatiana Prazeres, no entanto, preferiu n�o comentar as proje��es do BC. "N�s n�o consideramos proje��es feitas por outros �rg�os. A nossa expectativa continua a mesma de janeiro", disse. Para a economista do Ita� Gabriela Fernandes, o saldo comercial de junho surpreendeu positivamente. "Nossa proje��o era de US$ 1,9 bilh�es e o consenso de mercado US$ 2 bilh�es. A surpresa veio das importa��es, menores", afirmou.