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Estado de Minas

Liminar tenta liberar rodovias interditadas

Justi�a fixa multa de R$ 100 mil por hora de interdi��o de BRs no estado, mas medida afeta apenas caminhoneiros e n�o moradores, que voltaram a fechar estradas ontem


postado em 03/07/2013 06:00 / atualizado em 03/07/2013 07:44

Com manifesta��es e paralisa��es interditando as principais rodovias que cortam o estado, a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF/MG) encontra dificuldade em liberar estradas e apela para liminar que prev� multa de R$ 100 mil por hora para caminhoneiros que bloquearem o tr�fego. A decis�o da Justi�a Federal em Minas atendeu pedido da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) e se refere �s manifesta��es organizadas pelo Sindicato dos Transportes Aut�nomos de Carga (Sinditac/MG) e pela Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT/MG). Protestos organizados por comunidades n�o ser�o afetados pela medida judicial.

Assim que a liminar foi expedida, for�a-tarefa da PRF foi � BR-381, na altura de Igarap�, na Regi�o Metropolitana de BH, para tentar o cumprimento da decis�o. Caminhoneiros receberam com revolta a notifica��o, por volta das 19h. De imediato, um grupo prop�s fechar por completo a estrada, mas cedeu e decidiu aguardar, j� que somente hoje, �s 9h, os agentes da PRF devem fazer valer a medida.

O inspetor �sio Dias Bitencourt, chefe da 1ª Delegacia da PRF em Minas, explicou que ap�s consulta a superiores, ficou decidido pelo n�o cumprimento da ordem judicial de imediato. “No momento, v�rios caminhoneiros est�o sob o efeito de bebida alco�lica e o principio da razoabilidade � de que n�o seria seguro que eles seguissem viagem. Desta forma, foi acertado que nesta quarta, �s 9h, eles dever�o liberar a pista.” At� o fim da noite de ontem, somente no sentido BH-SP a fila de caminh�es chegava a mais de oito quil�metros e havia pelo menos mais duas interdi��es na mesma rodovia, em Carm�polis e Oliveira, em ambos sentidos das estradas. Apenas uma faixa est� com tr�nsito livre para carros pequenos, �nibus, caminh�es e carretas com cargas vivas (gado e aves).

Os manifestantes reivindicam a redu��o do pre�o do �leo diesel, isen��o de ped�gio e mudan�as na chamada Lei do Descanso. O advogado da UGT/MG, Gabriel Abreu dos Santos seguiu para Belo Horizonte com representantes do Sinditac, com o prop�sito de tentar derrubar a liminar. Para o secret�rio de comunica��o da UGT, Fabian Schettini, a medida judicial repressiva s� contribui para mais manifesta��es.

Desde segunda-feira, a PRF em Minas pressiona a Advocacia da Uni�o para conseguir na Justi�a decis�o espec�fica para Minas. No domingo, liminar impediu o Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiro (MUBC) de fazer manifesta��es em rodovias federais, aplicando multas de R$ 10 mil por hora. Embora fosse v�lida para todo o pa�s, de acordo com o chefe da Comunica��o da PRF/MG, inspetor Aristides J�nior, a corpora��o n�o identificou representantes desse movimento no estado. “Com a liminar mais ampla, vamos conseguir atuar melhor. Vamos filmar a placa dos infratores e aplicar as multas”, afirma J�nior.

Sem o refor�o de 420 homens que estavam no estado durante a Copa das Confedera��es, a PRF reconhece a dificuldade de atuar nas manifesta��es em diversos pontos do estado. Isso porque, com a paralisa��o dos caminhoneiros, outros protestos de comunidades com demandas variadas pegaram carona e tomaram as rodovias. “Antes, lid�vamos com a greve dos caminhoneiros e com manifesta��es. As duas juntas � algo novo”, reconhece Aristides J�nior. Ele ressalta que a orienta��o da corpora��o � n�o agir de forma repressiva, mas a partir da negocia��o.

 “Nossa grande dificuldade � que n�o h� lideran�as e cada cidad�o pede o que quer. � mais bagun�a do que manifesta��o, o que dificulta a negocia��o. Em algumas situa��es, tivemos que pedir ajuda da For�a Nacional e do Batalh�o de Choque”, afirma o chefe de Comunica��o.

Rodovias estaduais

A dificuldade de identificar lideran�as para negociar tamb�m tem complicado o trabalho da Pol�cia Militar Rodovi�ria de Minas Gerais (PMRv), que adotou postura de negocia��o. “Em muitos casos, s�o adolescentes e crian�as fazendo manifesta��o, com dificuldade at� mesmo em identificar o �rg�o que suprir� a demanda”, afirma o comandante da PMRv na regi�o metropolitana, o tenente-coronel Marcos Lara. Ontem, havia manifesta��es em tr�s rodovias estaduais, a MG-424, em Vespasiano, a MG-050, em Divin�pois, na regi�o Centro-Oeste, e na MG-020, em Santa Luzia.


MINIST�RIO P�E PF PARA INVESTIGAR

O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, determinou � Pol�cia Federal que investigue a paralisa��o nacional dos caminhoneiros, afirmando haver suspeita de que a greve esteja sendo patrocinada pelos patr�es, o chamado locaute, e lembrando que a legisla��o brasileira pro�be a pr�tica. Ontem, a paralisa��o iniciada na madrugada de segunda-feira provocou grave transtorno em pelo menos 25 rodovias de 10 estados: al�m de Minas, S�o Paulo, Bahia, Esp�rito Santo, Mato Grosso, Paran�, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rond�nia e Santa Catarina. N�lio Botelho, presidente do Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiro (MBUC), entidade que lidera as manifesta��es, afirmou que os associados est�o orientados a realizar uma “paralisa��o pac�fica, sem prejudicar os demais usu�rios das vias”. O ministro dos Transportes, C�sar Borges, afirmou que as reivindica��es s�o “imposs�veis de serem atendidas”. Na sa�da de uma reuni�o no Pal�cio do Planalto, ressaltou que os bloqueios resultam de “interesses de ocasi�o”.


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