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Estado de Minas

BCE se compromete a manter taxas de juro baixas


postado em 04/07/2013 17:19

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, declarou nesta quinta-feira que manter� sua atual pol�tica monet�ria "durante o tempo que for necess�rio" e se comprometeu a manter as taxas de juros no n�vel atual, as mais baixas da hist�ria, e at� reduzi-las ainda mais.

� a primeira vez que a institui��o de Frankfurt se compromete em rela��o ao tempo, um gesto que foi qualificado de "mini-revolu��o" por Christian Schulz, economista do banco Berenberg, embora Draghi n�o tenha entrado em detalhe sobre datas.

Na coletiva de imprensa que se seguiu ao an�ncio de que o conselho de diretores decidiu manter as taxas de juros em seu atual n�vel hist�rico de 0,5%, Draghi alertou que "o fim (do per�odo atual de taxas historicamente baixas) est� muito longe".

Ele tamb�m informou que a decis�o sobre a pol�tica monet�ria foi adotada por unanimidade no conselho de diretores, dando a entender que at� os mais ferventes defensores da ortodoxia monet�ria, entre eles o banco central alem�o, concordaram.

Os analistas esperavam uma mensagem tranquilizadora de Draghi, diante do retorno das tens�es aos mercados financeiros nos �ltimos dias e, em particular, nos da d�vida dos pa�ses perif�ricos da zona do euro, devido � crise pol�tica portuguesa.

O an�ncio do Federal Reserve norte-americano (Fed) de que come�ou a examinar a retirada progressiva das medidas de apoio � economia da primeira pot�ncia mundial h� duas semanas, provocou a alta das taxas de juros dos pa�ses com problemas de d�vida para se refinanciar no mercado e uma campanha de comunica��o dos membros do BCE para dizer que n�o pensavam fazer o mesmo.

Apesar de Draghi ter dito nesta quinta-feira que a institui��o que preside n�o atua em fun��o do que outros bancos centrais fazem, suas declara��es de hoje seriam destinadas a tentar frear a alta do rendimento que os Estados da regi�o t�m que pagar e que amea�am a recupera��o da zona do euro.

Para Carsten Brzeski, do banco ING, a apresenta��o de uma orienta��o pol�tica monet�ria significa uma mudan�a do BCE, que passa de "um banco central duvidoso e reticente a audaz".

"Nos �ltimos meses, seguiu os passos do Fed: muita aten��o no crescimento com uma men��o expl�cita do desemprego alto e agora uma 'forward guidance'", ou seja, uma pol�tica monet�ria pr�pria, acrescentou.

Isso mostra que est� "tentado efetivamente tudo para preservar a fr�gil recupera��o na zona do euro", disse o economista.

Contudo, para justificar esta decis�o, Draghi destacou que, apesar da melhora nos recentes indicadores de confian�a, a economia real continua sendo fr�gil e a din�mica monet�ria, modesta.

A orienta��o estar� submetida a tr�s crit�rios: as perspectivas de infla��o a m�dio prazo (que no momento continua contida), o crescimento econ�mico e os meios de pagamento e cr�ditos do setor privado.

Na quinta-feira, a institui��o monet�ria decidiu manter as taxas de juros inalteradas, mas alguns diretores mencionaram a possibilidade de reduzi-las ainda mais, disse Draghi.

As declara��es do presidente do BCE se somaram �s do presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, que tamb�m confirmou a continua��o de uma pol�tica monet�ria acomodativa, que levaram as bolsas europeias � alta e contribu�ram para uma clara distens�o no mercado da d�vida europeia.

As declara��es de Draghi atuaram como um b�lsamo para os mercados a julgar pelos resultados das principais bolsas europeias, que fecharam com fortes altas ap�s as quedas dos �ltimos dias, influenciadas pela crise pol�tica portuguesa.


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