O m�s de julho come�ou com saldo negativo das entradas e sa�das de d�lares do pa�s. De acordo com dados divulgados hoje (10) pelo Banco Central (BC), nos cinco dias �teis da semana passada, o saldo ficou negativo em US$ 780 milh�es. A sa�da de d�lares permanece maior do que a entrada, como registrado em junho (saldo negativo de US$ 2,636 bilh�es).
De janeiro at� a primeira semana de julho, o saldo do fluxo cambial ficou positivo em US$ 8,754 bilh�es, com resultado negativo do segmento financeiro em US$ 8,687 US$ bilh�es e positivo do comercial, em US$ 17,441 bilh�es.
Na primeira semana de julho, o resultado negativo veio do segmento financeiro (investimentos em t�tulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras opera��es), US$ 1,362 bilh�o.
O fluxo comercial (opera��es de c�mbio relacionadas a exporta��es e importa��es) registrou saldo positivo de US$ 582 milh�es, na semana passada. No �ltimo dia 3, o BC eliminou as restri��es de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados.
Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empr�stimos de at� cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida aumenta a oferta de d�lares no mercado, empurrando a cota��o para baixo.
De acordo com os dados do Banco Central, as opera��es de pagamento antecipado ficaram em US$ 798 milh�es, na primeira semana de julho. As opera��es de Adiantamento sobre Contrato de C�mbio (ACC) chegaram a US$ 690 milh�es. Esses valores est�o inclu�dos nas exporta��es, que totalizaram US$ 4,027 bilh�es. As importa��es ficaram em US$ 3,445 bilh�es, na primeira semana de julho.
Al�m dessa medida para estimular a entrada de d�lares no pa�s e, com isso, ajudar a reduzir a cota��o da moeda, o BC retirou o dep�sito compuls�rio sobre a posi��o vendida de c�mbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher � autoridade monet�ria parte dos valores aplicados em apostas de que o d�lar vai cair.
O BC tamb�m tem feito opera��es de swap cambial tradicional, equivalente � venda de d�lares no mercado futuro, para tentar suavizar a alta do d�lar.
H� mais de um m�s, o mercado financeiro global enfrenta turbul�ncias por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os est�mulos monet�rios para a maior economia do planeta. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circula��o cai, aumentando o pre�o do d�lar em todo o mundo.