O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) retirou da ata divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Banco Central, a afirma��o que constava no documento anterior, de que o ritmo da atividade econ�mica est� mais alinhado com o crescimento potencial.
Agora, de acordo com o documento, o Copom ponderou que o cen�rio central contempla um ritmo de atividade dom�stica mais intenso neste e no pr�ximo ano, como j� constava da ata anterior. "Informa��es recentes indicam retomada dos investimentos e continuidade do crescimento do consumo das fam�lias, esse �ltimo favorecido pelas transfer�ncias p�blicas e pelo vigor do mercado de trabalho - que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos sal�rios", apontaram os diretores do BC.
De modo geral, conforme o documento, a absor��o interna vem se expandindo a taxas maiores do que as de crescimento do PIB e tende a ser beneficiada pelos efeitos de a��es de pol�tica fiscal, pela expans�o da oferta de cr�dito para pessoas f�sicas e empresas, e pelo programa de concess�o de servi�os p�blicos, entre outros fatores. "No entanto, o Comit� nota que a velocidade de materializa��o desses ganhos esperados pode ser contida caso n�o ocorra revers�o tempestiva do decl�nio que ora se registra na confian�a de firmas e fam�lias."
Demanda dom�stica
O Banco Central avalia que a demanda dom�stica tende a se apresentar relativamente robusta de acordo com a divulga��o desta quinta-feira. Em rela��o � ata anterior, foi acrescentada nessa frase a palavra "relativamente". Outra mudan�a nesse par�grafo s�o as afirma��es sobre fatores que criam boas perspectivas para os investimentos e para a produ��o industrial.
A ata tamb�m repete que o ambiente de crescimento da renda e expans�o moderada do cr�dito tende a prevalecer neste e nos pr�ximos semestres, "quando a demanda dom�stica ser� impactada pelos efeitos remanescentes das a��es de pol�tica implementadas em 2012".
No mesmo par�grafo, afirma novamente que iniciativas recentes apontam o balan�o do setor p�blico em posi��o expansionista e que, por outro lado, se apresenta como fator de conten��o da demanda agregada o fr�gil cen�rio internacional.
No final do par�grafo, a ata reafirma que decis�es futuras de pol�tica monet�ria ser�o tomadas com vistas a assegurar a converg�ncia tempestiva da infla��o para a trajet�ria de metas.
Cen�rio internacional
O Copom considerou na ata que os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados. O colegiado cita, em particular, os riscos derivados do processo de desalavancagem em curso nos principais blocos econ�micos. "Nesse contexto, apesar de identificar baixa probabilidade de ocorr�ncia de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o Comit� pondera que o ambiente externo permanece complexo".
De modo geral, a avalia��o do comit� � a de que as perspectivas de atividade global permanecer�o moderadas este ano, com tend�ncia de intensifica��o ao longo do horizonte relevante para a pol�tica monet�ria. "Nesse contexto, h� avan�os localizados nas economias maduras, n�o obstante permanecer limitado o espa�o para utiliza��o de pol�tica monet�ria e prevalecer cen�rio de restri��o fiscal neste e nos pr�ximos anos", considerou o documento. J� em importantes economias emergentes, o ritmo de atividade n�o tem correspondido �s expectativas, na avalia��o do Copom. O grupo salientou a resili�ncia da demanda dom�stica.
O Comit� destacou, ainda, evid�ncias de acomoda��o dos pre�os de commodities nos mercados internacionais e a maior volatilidade e tend�ncia de aprecia��o do d�lar.