
Na regi�o do Bulevar Arrudas, o cinco estrelas Golden Tulip j� est� em fase de acabamento. A obra, que promete mudar a cara da regi�o central de Belo Horizonte, est� prevista para terminar em setembro e a inaugura��o deve acontecer em outubro. Na avalia��o de Rog�rio Gianetti, diretor de engenharia da Pacific Realty, uma das empreendedoras do hotel, junto com a RFM, a capital � carente em empreendimentos desse tipo. “A rede hoteleira vem recebendo investimentos exatamente para conseguir suprir a demanda atual e se preparar para receber eventos internacionais. Para o p�blico interessado em servi�os de alto padr�o, a oferta ainda � pouca”, afirma.
O Golden Tulip contou com desembolsos de R$ 200 milh�es e tem cerca de 30 andares, totalizando 40 mil metros quadrados. A taxa de ocupa��o m�dia prevista � de 70%, afirma Gianetti. O valor da di�ria, diz, deve girar em torno de R$ 450. S�o 405 quartos de aproximadamente 40 metros quadrados cada, al�m de quatro su�tes presidenciais, de aproximadamente 90 metros quadrados, e uma su�te real, de 230 metros quadrados.
Ele ressalta o fato de que os investimentos realizados na rede hoteleira da capital foram privados. “O investidor s� aplica o dinheiro porque tem grande expectativa de retorno. Ele n�o toma decis�o em fun��o de uma Copa do Mundo ou qualquer evento de um m�s s�. O capital aplicado em rede hoteleira � para retorno de m�dio prazo”, enfatiza o secret�rio.
Em setembro, outro empreendimento fica pronto: o Quality Pampulha, na Avenida Ant�nio Carlos, na vizinhan�a do Mineir�o. A obra, da construtora Concreto Empreendimentos, contou com R$ 50 milh�es de investimento e vai ter 176 apartamentos. O valor da di�ria deve girar em torno de R$ 300 a R$ 350. “� importante ressaltar que n�o estamos construindo hotel para a Copa do Mundo. A cidade precisa de empreendimentos de alto luxo, independentemente de Mundial de futebol”, diz Miguel Safar, diretor-presidente da Concreto Empreendimentos.
Alto luxo
O cora��o do Bairro de Lourdes vai ganhar at� julho do pr�ximo ano um hotel que foge �s caracter�sticas tradicionais e vai al�m de um empreendimento de padr�o cinco estrelas. A Concreto est� construindo na regi�o um hotel butique, que tem poucos apartamentos, �nfase maior nos elementos de arte, interatividade e tratamento personalizado. O hotel vai ser erguido a um quarteir�o da Pra�a Mar�lia de Dirceu, na esquina das ruas S�o Paulo e Ant�nio Aleixo, com investimento m�dio de R$ 30 milh�es.
O hotel butique vai contar com 90 apartamentos e oferecer servi�os como cabeleireiros, manicures, massagens e secret�rias para fazer compras e visitar museus com os h�spedes. Safar afirma que o modelo do hotel foi inspirado no Emiliano, de S�o Paulo, e no Fasano, que tem unidades no Rio de Janeiro e tamb�m na capital paulista. Entre os diferenciais para a clientela do Emiliano est�o a decora��o personalizada em cada apartamento, cadeiras Charles Eames (expostas no MoMa, de Nova York), sof� de couro italiano e su�tes com banheira de ferro forjado em estilo ingl�s.
Aprovados no teste
A Copa das Confedera��es serviu como ensaio para quatro redes hoteleiras rec�m-inauguradas: a Ibis Savassi, a Bristol Jaragu� Hotel, a �mpar Su�tes Cidade Nova e a San Diego Pampulha. Esta abriu as portas em junho, na v�spera do mundial, na orla da Lagoa da Pampulha. “Foi uma experi�ncia para os servi�os, equipamentos, equipe de profissionais, fornecedores e restaurantes. Passamos no teste”, afirma Rodrigo Mangerotti Soares, superintendente do San Diego.
O hotel conta com 170 apartamentos e 90 j� est�o em funcionamento. O restante vai ser aberto em setembro. Na semifinal entre Brasil e Uruguai, a ocupa��o foi de 100%. “O valor da di�ria m�dia durante o Mundial � maior. Al�m disso, abrimos a janela de oportunidade para que um novo p�blico conhe�a o hotel”, diz Soares.
J� no �mpar Su�tes Cidade Nova, a estrat�gia vai ser diferente na Copa. “Vamos priorizar os per�odos longos de reserva durante a Copa do Mundo”, diz Pablo Ramos, diretor do �mpar Hot�is, que det�m o �mpar Su�tes. A semifinal entre Brasil e Uruguai, por exemplo, afirma Pablo, caiu numa quarta-feira. “Com isso, muita gente que iria se hospedar pela segunda, ter�a e quarta-feira com a gente n�o p�de, porque a quarta j� estava cheia. Com isso, a m�dia de ocupa��o da semana cai um pouco, pois as empresas que est�o acostumadas a frequentar os hot�is de Belo Horizonte n�o vieram em fun��o dos jogos”, observa Ramos. Segundo ele, cerca de 85% do p�blico do hotel � corporativo.
O Hotel Bristol Jaragu� foi inaugurado em maio de 2012, fica praticamente ao lado do Mineir�o e tem hoje taxa de ocupa��o m�dia de 70%. No total, s�o 70 quartos e o pre�o m�dio da di�ria � R$ 260. Durante a Copa das Confedera��es, houve aumento de 30% nos neg�cios, na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado. “Serviu como ensaio para entender como vai ser a demanda na Copa. A procura � maior nos dias de jogo mesmo. No resto, fica mais tranquilo. O p�blico de neg�cios n�o costuma viajar no per�odo dos jogos”, afirma Rodrigo Hespanhol, gerente de vendas da rede Bristol.
Inaugurado em junho de 2011, o Ibis Savassi contou com taxa de ocupa��o de 89% no per�odo entre a v�spera do primeiro jogo da Copa das Confedera��es (16 de junho) at� o dia seguinte ao �ltimo jogo em Belo Horizonte (dia 27). O hotel tem 208 apartamentos e a frequ�ncia maior � de profissionais aut�nomos e empresas em geral, durante a semana, e de p�blico de lazer nos fins de semana. (GC)